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A Árvore do Passado

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A Árvore do Passado - Página 3 Empty A Árvore do Passado

Mensagem por A Pena Mágica Sex 22 Ago 2014, 21:38

Relembrando a primeira mensagem :


PROPRIEDADES DE HOGWARTS

Árvore do Passado



Em um monte nos terrenos de Hogwarts, num local que costumava ser vazio, foi plantada uma árvore, mas não um vegetal qualquer. Ali, no topo do monte existia uma antiga árvore, cuja magia era ainda maior do que a de um Salgueiro Lutador. A árvore era grandiosa, quase assustadora. Possuía longos e grossos galhos e vários cipós que ficavam constantemente pendurados. Seus galhos, apesar do tamanho monstruoso, se moviam de forma calma e serena ao sentir a presença de algum ser vivo, do tamanho que fosse, e respondia balançando de um lado para o outro seus ramos e cipós como a mais leve brisa da manhã.


HOGWARTS MAGIC WORLD


A Pena Mágica
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A Árvore do Passado - Página 3 Empty Re: A Árvore do Passado

Mensagem por Sáskis von Stoichkov Sáb 14 Mar 2015, 03:29

OFF: Posts pausados entre Srta. Feinster e Sr. Bonham-Lyon.
Sáskis von Stoichkov
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A Árvore do Passado - Página 3 Empty Re: A Árvore do Passado

Mensagem por América L. Feinster Sáb 14 Mar 2015, 10:39


AméricaLudwigFeinster

Sentia-me com o pico da vivacidade, como se nada fosse capaz de arrancar isso de mim, e tive a certeza quando Sáskis pediu para eu esquecer isso, que já não haviam planos, só esperava que ele não estivesse falando da boca pra fora, se estivesse também eu não mudaria, coisa que já havia mencionado antes. Algumas pessoas sentem sem sabem que estão sentindo verdadeiramente, essa foi uma das únicas vezes que selei meus lábios nos lábios de outrem que fora algo que senti. Senti vontade, desejo. Dei um passo pra frente na tentativa estúpida de me aproximar mais de Sáskis, mas tudo que consegui foi colocar nossos corpos no chão desastradamente. Comecei a rir deitada na grama ao lado dele, só não comi terra porque coloquei os braços na frente. A chuva estava um pouco mais fraca, mas relâmpagos se enfrentavam no céu e as nuvens estavam escuras, como o fim de um entardecer sombrio. Mas eu vejo certa beleza nas sombras. Fico de joelhos no chão e dou a mão para Sáskis que se senta na grama. Me agarro em seus ombros e sento em seu colo colocando cada perna de um lado do seu quadril, assim ficava um pouco mais alta que ele. Beijo o canto da sua boca, o outro canto o meio, mordo a ponta do seu queixo, desço para o seu pescoço e roço meus lábios por ele, até chegar perto da orelha. NÃO morda América! Instintivamente mordo de leve o cando do seu pescoço sentindo as coisas mudarem um pouco. Volto para os seus lábios. Não posso chegar perto do pescoço de Sáskis. Não tenho nada a falar, mergulho em seu olhar, permitindo-me entrar em vales inalcançáveis. Abraçada com ele consigo sentir o seu corpo delineado por conta da roupa grudada no mesmo, braços, peito, barriga. Minha mão acaricia sua nuca, meu coração bate mais forte e acho que poderíamos estar em um lugar mais reservado -q só acho. Envolvo-me novamente em um beijo quente, gostoso e intenso.


Off: Posts pausados entre Meri (linda) e Sáskis (Amigo do Naruto).
América L. Feinster
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Mensagem por Sáskis von Stoichkov Sáb 14 Mar 2015, 11:39


Passeio.

A Árvore do Passado..

Os lábios de América vão consumindo os do Sonserino o fazendo sentir o gosto de sua boca mesclado água da chuva, ela praticamente estava devorando Sáskis, seguindo o caminho certo para o fazer perder o pouco de juízo que o resta - falando no sentido figurado, pois não há como ter juízo nesse momento - entre um movimento e outro, ambos estavam no chão e em seguida, ela estava em seu colo, e o garoto era atacado por seus beijos de todos os lados, ficava difícil para o menino revidar, mas isso não quer dizer que estava impossibilitado, ah não. Sáskis respondia seus gestos, beijando seus lábios, seu pescoço e quando deu por si, estava beijando até seus ombros e regressando todo - eu disse todo - o trajeto em mordidas e chupões. Seu cheiro, um integrante do conjunto "América" estava o tirando do sério no momento. Os lábios do garoto marcavam a pele da Corvina. Suas mãos puxavam a cintura da mesma, uma delas até começava a cair, escorregadia. E veja só que ótima combinação. Suas mãos escorregavam pelas pernas de América unindo em um exclusivo e único propósito e este consistia em apalpar impudicamente o bumbum da garota. Na verdade, estava usando aquela região para trazê-la para mais perto de seu corpo. - Isso não está ficando quente demais, Srta. Feinster? - Sussurrou, mordendo seu lábio inferior, o puxando lentamente.
Sáskis von Stoichkov
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Mensagem por Sáskis von Stoichkov Sáb 14 Mar 2015, 11:41

Off: Posts pausados entre Meri (linda) e Sáskis (Amigo do Naruto).
Sáskis von Stoichkov
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Mensagem por América L. Feinster Sáb 14 Mar 2015, 12:05


AméricaLudwigFeinster


Desejo e o hormônio, vontade, rebeldia e tudo junto. Suas mãos apertando meu corpo, seus lábios passando pelo meu pescoço, a vontade tão viva quanto nós. Ele também percebe que estamos deixando as coisas irem um pouco longe demais, ou não é necessariamente isso que quer dizer. Me afasto um pouco dele e exibo um sorriso. - As coisas estariam muito mais quentes se não estivéssemos aqui. - Sussurro. Mas então me afasto, passo a mão pelo seu rosto alisando o mesmo, levando e vou atrás da minha varinha.


Ando alguns metros e agarro a mesma do chão, estou me sentindo América. Mas para que eu possa verdadeiramente me sentir América, eu preciso me lembrar de que América não se fere, cura feridas, foge das dores, luta. América é livre e eu sou livre. Olho para Sáskis. - Vamos?


Última edição por América L. Feinster em Sáb 14 Mar 2015, 12:50, editado 2 vez(es)
América L. Feinster
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Mensagem por Sáskis von Stoichkov Sáb 14 Mar 2015, 12:15


Passeio.

A Árvore do Passado..

Depois de todas aquelas trocas de carícias, beijo e afins, o momento parecia por fim, ter cessado. Sáskis arqueou a sobrancelha direita observando a garota se afastar e se levantar; pegando sua varinha. Em parte a entendia - entendia seus motivos - por outro lado sentia-se frustrado, mas não a ponto de demonstrar. O garoto se levantou fitando a garota com o mesmo sorriso largo de momentos atrás. - Pode ir, ficarei mais um pouco.. - Piscou para ela. - Afinal preciso pôr a cabeça no lugar, e tem algo que devo fazer... - Murmurou ajeitando um pouco suas vestes.


Última edição por Sáskis Bonham-Lyon em Sáb 14 Mar 2015, 12:38, editado 2 vez(es)
Sáskis von Stoichkov
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Mensagem por América L. Feinster Sáb 14 Mar 2015, 12:23

:dio:
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Mensagem por América L. Feinster Sáb 14 Mar 2015, 12:46


AméricaLudwigFeinster


Visivelmente ele também precisava de um tempo, tempo que só o nosso íntimo pode saber sobre quantidade e como retirar feridas, ou tampar marcas e enfim, tantas outras coisas. Assenti com a cabeça esboçando um sorriso e levantando a mão enfaixada dando um aceno para o garoto. - Até mais. - Viro e começo a andar, sentindo os pingos engrossarem ainda mais. - Ah, e manda um oi pro Naruto. - Grito ainda de costas para o garoto, enquanto dou um leve impulso com as pernas e corro com toda a minha agilidade, esta maior do que as dos demais, já que minha raça me permite isso. SAIO do local.
América L. Feinster
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Mensagem por Sáskis von Stoichkov Sáb 14 Mar 2015, 13:24


Passeio.

A Árvore do Passado..

Assim que a garota se retira Sáskis percebe o que acabara de fazer - algo realmente maravilhoso para si próprio, pois se tinha alguma certeza e que gostava daquela Corvina - por outro lado havia magoado Luna, uma coisa que não desejava fazer nem em seus piores pesadelos. Mas agora havia adentrado a um caminho sem volta, aliás, não tinha a menor intenção de voltar. Por mais que estivesse se sentindo mal em relação a Luna, não há mais nada que se possa fazer, apenas ter uma conversa com ela e ser honesto em relação a tudo. - Ai ai América, espero encontra-la novamente em breve.. - Sorriu de forma boba, dando ás costas, caminhando na direção contrária ao caminho que a garota tomou. [...] Um salto ao ar foi dado pelo garoto - tomando a forma de um animal selvagem - ao cair sobre o chão. Um enorme tigre branco de olhos azuís, tinha tomado o lugar do garoto, a outra face de Sáskis, o enorme animal disparava em correria pela região ainda chuvosa. Correndo entre os pingos ríspidos de água que caía com certa velocidade, movimentando-se com certa rapidez, enquanto seus pêlos majestosamente sacudiam ao vento. E assim Sáskis percorreu boa parte da região. SAINDO daquela área.
Sáskis von Stoichkov
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Mensagem por Juliana C. Collin Drac Dom 22 Mar 2015, 20:20



Caminho lentamente com Lucas pelos corredores do castelo, há muitos anos eu passava pelo mesmo momento em que vive Lucas, não precisa ser mestre para saber o que estava acontecendo com ele, mas no meu caso eu tinha um amigo, um amigo que pôde acalentar meu coração, amigo que hoje é meu marido. Fico em silêncio, quero deixar Lucas a vontade, quero que ele saiba que ele tem em mim mais que uma diretora, mas também uma amiga, uma mãe, afinal é isso que quero ser para meus alunos lufanos, quero estar ao lado deles sempre que precisarem. Ao atingirmos a parte de fora sinto o calor do fim de tarde, a grama um pouco molhada, indícios de que choveu e lembro da minha amortencia, sorrio discretamente caminhando ainda lentamente.

Aos poucos nós chegamos em uma leve subida que nos leva para a Árvore do Passado. Seguro no ombro do rapaz para eu não cair, sinto certa intimidade com Lucas, porque além de ser meu aluno ele é da família. Ao chegar perto da árvore, vejo ela se balançar graciosamente de um lado para o outro. - Essa árvore é muito bela. - Suspiro e sento-me próximo ao troco, estico minhas pernas e deixo o tronco ereto colocando as mãos sobre as pernas. - Minha mãe era Lady das Trevas e se chamava Mabelle Le Blanc. - Digo vendo a árvore colocar em prática seus poderes, logo meus pensamentos estavam virando uma penseira pública, mas que somente Lucas tem acesso, a imagem de Mabelle surgiu, uma bela mulher de pele branca cabelos negros e olhos azuis. Suspiro, olho para frente afim de concentrar minhas emoções. - Mabelle sempre foi minha inspiração embora Lady das Trevas... Eu diferente dos meus irmão caí na Lufa-Lufa, o chapéu ficou tanto tempo na minha cabeça para me selecionar... - Digo deixando meus ombros caírem, sei da minha essência sonserina e da outra parte corvina, mas a minha escolha era a Lufa e ele sempre leva em consideração o que queremos ser, não somente o que somos. - Eu sou a prova de que Lufanos também tem espinhos, de que somos árduos e lutamos pelo que queremos... Na sua idade eu brigava com todo mundo que mexia comigo, enfiava a varinha no meio da cara das pessoas e sentia vontade de matar... - disse olhando para o lado. - Mas... Eu sempre fui leal em meus princípios e é isso que me torna tão lufana como sou. Na minha época tivemos um torneio, mas não tribruxo e sim duaslista, contra os alunos do Instituto Lopperdood. - Sorrio lembrando. - Eu fui escolhida para representar a Lufa, eu, seu pai, Joseph e Gabi. - Olho para cima, as imagens passavam se modo leve, era como se pudesse viver tudo novamente. - Lembro que quando estava na barraca da Lufa-Lufa, Luch foi me visitar e eu estava arrebentando tudo com uma fúria incessante dentro de mim... E eu sempre senti que nunca tive um lado bom de fato, sempre tive uma peculiaridade para a arte das trevas e cá entre nós... Na época eu achava que me daria muito bem como uma comensal... - Rio baixo. - Loucura. Consegue me imaginar como uma comensal? - Pergunto olhando para o garoto. - Espero sua resposta.

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Mensagem por Lucas von Lich. Collin Dom 22 Mar 2015, 21:14








Crows

Escuto atentamente Juliana falar e então respondo sua pergunta -Não, Diretora...- Digo com um olhar pensativo. Levanto a cabeça após a mulher comentar sobre contar uma história, se levantando com dificuldade da cadeira em seguida colocando sua mão em meu ombro. Me levanto junto e logo saímos da sala.

Caminhando pelos corredores de Hogwarts acompanhado da Diretora, ora olhando para a mulher e ora olhando para o caminho, “Para onde ela está me levando?”, ergui a duvida em minha mente. Era um pouco visível a confiança de Juliana em mim, mas não queria essa confiança, por medo de acabar ferindo-a, dizem que lufanos não temem a dor, realmente eu não temia, mas seria a dor de outra pessoa e não a minha. Chegando fora do castelo, podia ver o céu alaranjado combinado com a grama úmida, era um clima bom ao mesmo tempo que curioso. Após ajudar a professora subir por um lugar um pouco inclinado, chegávamos a arvore do passado. Afirmo com a cabeça o comentário da mulher. Após observar a mulher sentar comentando sobre sua mãe, “Lady das trevas...”, me aproximo da arvore e sento ao seu lado, observando os galhos se enrolarem na professora e por fim, em mim.

Estava de olhos fechados, mas ao escutar a voz da mulher, abro-os e vejo uma moça de cabelos negros e olhos azuis, os quais me lembravam uma garota, “Tiffany...”, e então escutando atentamente as palavras da mulher. “Tanta raiva por uma casa?”, pensei olhando para Juliana, mas logo a pergunta foi respondida. Voltei meus olhos para as lembranças que mudavam conforme a mulher falava. “Meu pai...”, observava alguns trechos da lembrança, vendo Juliana, Joseph, Morôni e Gabi, um sorriso veio no meu rosto em ver os quarto juntos, mas a feição voltou a ficar um pouco mais pensativa quando ela comentou sobre Luch. Mudando para Juliana destruindo a barraca em que estava e Luch aparecendo para acalma-la, mesmo que não parecesse possível.

-Não somos tão diferentes...- Comento em tom baixo enquanto escutava a professora e observava a lembrança. Ela tinha o gosto pelas artes das trevas, talvez pela sua mãe ser a Lady, mas comigo era um pouco diferente, eu gostava por gostar, mas ainda sim fazia o possível para compreender ao máximo a Diretora. –Loucura- Comentou a diretora, sou uma risada baixa. Logo me pergunta se eu conseguia imagina-la como uma comensal.

Volto a olhar para a mulher –Não... Diretora- Digo com um pouco de incerteza. Era difícil imagina-la como comensal, mesmo com as lembranças demonstrando sua raiva, parecia algo passageiro. “Ninguém é totalmente puro...”, pensei voltando a olhar para as lembranças. Não havia comentado algo a mais para não tirar conclusões precipitadas sobre Juliana, e sabia que aquele assunto era um pouco delicado para ela, do mesmo modo que me via um pouco naquilo, refletia sobre o que via e o modo que ela encarou os acontecimentos e mudou até chegar na mulher que conheço hoje.


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Mensagem por Juliana C. Collin Drac Dom 22 Mar 2015, 21:51



Olho para o horizonte e deixo minhas memórias continuarem, é algo muito particular, mas eu sei que Lucas vai guardar segredo, sei também que ele é alguém por quem vale a pena compartilhar. - Luch me ajudou a perceber que eu poderia concentrar toda essa minha fúria em algum lugar... - Disse lembrando da nossa conversa. - Que eu não precisava ser cem porcento boa para ser uma pessoa boa de fato, e que o mundo precisa de pessoas como nós para continuar se movendo. - Olho para ele na palavra "nós". - O que eu quero te dizer é que eu me senti uma pessoa completa no momento em que pude lutar em uma guerra, mo momento em que pude acabar com a vida de pessoas... Mas era pessoas ruins e isso não me torna uma pessoa suja. - Olho para frente novamente, percebo que nunca compartilhei isso com ninguém além de Luch, que na verdade conseguia ler isso nas minhas entrelinhas. - E quando Luch disse "Você será uma grande bruxa aonde quer que esteja... Seja qual caminho queira seguir..." eu me senti incapaz de derramar sangue inocentes só porque eu tinha aptidão para isso. - Rio um pouco triste, mas orgulhosa de mim mesma. - Então eu percebi que eu poderia mesmo ser uma grande bruxa, e eu escolhi o meu lado. - Olho para Lucas. - Nem por isso eu sou uma pessoa boa. - Agora minha voz está mais firme, poucos conhecem esse meu lado. - Ou nunca reparou no demônio que habita em mim quando preciso defender o que eu amo? - Pergunto ao garoto, dificilmente eu saio com arranhões, e quando saio provavelmente eu acabei com a vida de alguém, como na feira natalina. Usaram três crucios em mim, usei meu vira-tempo e matei três, bem como em muitas outras situações. - Você acha que meus filhos são sonserinos porque? - Pergunto para o garoto olhando penetradamente em seus olhos. - Olívia não é só uma menina revoltada Lucas, ela escolheu o seu caminho, bem como eu teria feito há anos... Mas diferente dela, eu tive alguém com quem conversar... Minha filha não. - Olho para frente sentindo meus olhos ficando cristalizados. - Minha filha não procurou ajuda e eu deveria ter percebido. - Suspiro segurando as lágrimas. - E eu estou conversando com você, porque não quero perder mais um filho sem ter tido a chance de aconselhá-lo. - Falo calmamente sentindo o equilíbrio voltar. Respiro fundo. - Lucas... Você não precisa ser de lá para ser um grande bruxo, mas se quiser eu estou aqui para te apoiar seja lá qual decisão tomar. - Brinco com meus dedos. - E se decidir ficar, eu tenho certeza que a nossa casa estará em boas mãos, terá um professor maravilhoso, um homem admirável... Somos a prova de que o ruim também pode ser bom. - Finalizo com um grande suspiro. - Eu aprendi a esconder o meu demônio e usá-lo somente nas situações pertinentes. - Digo olhando para cima, as imagens se foram e tudo que sobrou foi a nostalgia.

Olho para Lucas, não quero encher a sua cabeça de ideias confusas, mas quero que ele olhe para dentro de si e veja do que realmente é capaz, de salvar vidas e transmitir conhecimento, ou de derramar sangues inocentes. Mas isso obviamente é ele quem tem que saber, estou disposta a ensinar qualquer coisa para ele, das boas até as mais perigosas poções, os feitiços mais perigosos, tudo que ele quiser, só basta ele me pedir e ficar por perto. Eu posso ajudar ele a se controlar, mas isso é Lucas quem tem que querer. - Enfim, se você quiser ficar... Se você quiser mostrar todo o seu poder, eu estou aqui! Eu posso fazer você ser um grande bruxo, explorar suas melhores habilidades, e melhorar as piores. Você pode defender a nossa casa com unhas e dentes. - Silêncio. - Basta querer. - Silêncio novamente. - Tem algo que queira me falar? - Pergunto novamente esperando que o garoto confie em mim, sinto que está incomodado com algo.

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Mensagem por Lucas von Lich. Collin Seg 23 Mar 2015, 20:15








Crows

“O mundo precisa de pessoas como nos para continuar se movendo”, pensava na frase enquanto Juliana comentava que se sentia melhor atacando as outras pessoas, pessoas ruins, durante a guerra do que atacar qualquer uma aleatoriamente, o que me fez pensar nas mortes que houveram durante o Hollocausto, as perdas das famílias e amigos. Expressei um sorriso leve olhando para a Diretora, que agora olhava para frente, vendo as lembranças. Escuto a risada triste da mulher com o comentário de ser um grande bruxo em qualquer caminho, o que me deu um pouco de confiança em continuar o sonho, mas também sentia um pouco da dor da mulher em relação a sua raiva. “Você não é uma pessoa ruim...”, pensei, logo balanço negativamente a cabeça em resposta a sua pergunta. Comecei a escutar prestando mais atenção em Juliana, que aparentemente começava a ficar triste em comentar sobre Olivia, meu coração apertou um pouco, eu tinha um problema ao ver pessoas tristes, geralmente tentava compreender a dor das pessoas, no caso de Juliana foi a perda e o suposto erro com sua filha, e me sentia mal por estar ali, com a mãe da garota que havia enfrentado há alguns meses, que havia tentado desmascarar algo que nem sabia se era real. “Um filho...”, abaixo um pouco a cabeça, “Eu... Um filho...”, era visível o medo de Juliana em perder alguém do mesmo modo que sua filha, mas eu sentia um pouco mais de controle sobre esse “demônio” dentro de mim, eu não conseguiria matar alguém, só pessoas que merecem para acabar com o sofrimento, já as outras, deixo a vida e a morte decidirem entre si qual é o destino.

Eu sou diferente de Liv, mas não muito de Juliana. Após terminar de falar, já havia tomado minha decisão, mesmo que há muito tempo antes dessa conversa, esclareceria tudo para a mulher que havia confiado em mim.

-Você não precisa se preocupar com isso, Juliana...- Raramente usava o nome das pessoas, tratando de forma mais formal, porém acho que era certo ter um pouco mais de familiaridade naquela situação –Eu tenho controle sobre esse demônio que há em mim, eu o conheço...- Disse sorrindo –Eu só tenho medo de acabar deslizando e caindo para o lado errado, Ju. Desde pequeno eu tenho o sonho de ser um grande bruxo, um sonho infantil, mas ainda sim um sonho. Me inspiro tanto em Luch quanto o ministro, Dionisio e Saphira. Não que você não seja uma grande bruxa, é uma bruxa extraordinária... Mas sempre escutei as histórias sobre eles e o modo que eles adquiriram tais conquistas...- Uma memória acabou vazando para a arvore, era eu pequeno, aos 5 anos, brincando sozinho em meu quarto –Eu vejo em você um grande bruxo, meu rapaz- Falava o garotinho com voz grossa, então se virou para o mesmo lugar em que estava antes –Obrigado Diretor, eu prometo que vou cuidar de todos os bruxos contra a Lady das Trevas- Falou retirando um graveto do bolso  fazendo uma reverência onde supostamente estaria o “Diretor”. Sentia meus olhos encher com um pouco de água –E pensar que levei isso até os dias de hoje, mas não me importando em ser muito reconhecido...- Comentei fazendo a imagem sumir.

-Eu gosto das artes das trevas, Ju, porque eu quero conhecer o inimigo que irei enfrentar...- Disse passando uma das mãos nos olhos –Desculpa... Mas eu temo cair para o lado das trevas porque...- Disse com um pouco de dificuldade –Eu acho que... Gosto da Lady- Eu sabia o quanto era estranho dizer aquilo, então expliquei melhor –O poder que ela tem e exerce, a grande bruxa que ela se tornou, eu admiro isso nela... Mas temo passar ao lado dela caso haja oportunidade. Parece um pouco difícil de compreender, e se compreender vai saber que é algo doentio... Mas é o que eu sinto, infelizmente, por ela- Já havia começado a falar normalmente.

Ficando em silêncio por um tempo, volto a falar –Você sabe porque eu desisti de me tornar um grande bruxo?- Perguntei para a mulher –Porque eu nunca vou ser... Eu sou incapaz Professora, olhe para os outros, meus irmãos, seus filhos, os filhos de Lillian, todos tem um grande futuro...- Falei cabisbaixo –Agora olhe para mim...- E uma lembrança de quando era pequeno apareceu, 6 anos, um garoto de vestes verde esmeralda no quarto encarando uma cômoda que se mexia –Eu podia ser pequeno... Mas isso me afetou, você sabe- Falei observando a lembrança. Logo um vulto saia de traz da cômoda e revelava Adele, Luke e Alexis em pé, chorando com vários cortes profundos e sangramentos pelo corpo, o garoto de vestes verdes estava paralisado com a cena, mas logo Sookie apareceu, tentando impedir a visão enquanto Morôni fazia o feitiço contra o bicho-papão, então a lembrança sumiu. Uma escuridão rápida tomou conta para revelar uma espécie de sítio com um campo de quadribol improvisado, entrando adentro da casa, estava eu dormindo –Eu sonhei com o Bicho-papão daquele dia, exatamente do modo que aconteceu, mas não contei para ninguém...- Então o garoto, agora com 8 anos, acordava chorando, logo Luch, Morôni, Juliana e Sookie apareciam para ver o que tinham acontecido, seguido de seus filhos, então a lembrança pulou para um local mais escuro, estavam eu e Luke na floresta procurando galhos para o acampamento no sítio –Você vai para esse lado que eu vou para o outro- Falei para Luke enquanto tentávamos cercar uma sombra com um formato esquisito, Luke estava com uma pedra, eu estava com as mãos vazias. Cercando a sombra, a mesma avança em minha direção, com Luke atrás dela, e, com o som de chicote, a sombra se transforma em Morôni e Sookie mortos, enquanto Luke tropeçava em uma raiz de arvore, não demorou muito e aparecia Morôni e Luch mirando a varinha para a sombra, e por fim a lembrança se desfez –Por isso que não arrisco... Posso acabar estragando tudo e ferir gravemente alguém...- Disse um pouco sério –Mas não é exatamente isso que quero lhe mostrar...- E novamente as lembranças giravam –É isso... Os meus fracassos...- Passava um pouco rápido as lembranças, o feitiço mal executado na época de Máximinia, os feitiços que não funcionavam tanto nos eventos do ministério quanto em eventos aleatórios –Eu sou fraco, Ju...- Eu sendo sequestrado, encontrando a varinha das varinhas nas mãos do homem e a perdendo para o dementador, os ataques que sofri e os outros tentando me ajudar, eu me defendendo da maldição da morte com um pênis, pegando a varinha das varinhas e perdendo-a novamente, a criatura fincando seus chifres em meu corpo e os feitiços falhos, todas as lembranças falhas passavam em uma velocidade consideravelmente rápida, até finalmente trazer a escuridão para o lugar.

Havia confiado coisas que nunca havia dito a ninguém, e como Ju havia confiado em mim, esperava também poder confiar nela, como uma segunda mãe. Então continuei -Por isso que eu quero ensinar... Porque não sou um bruxo bom- Disse olhando para baixo –Estou disposto a tentar lutar mesmo sabendo que não vou conseguir fazer muita coisa...- Digo voltando a olhar para a mulher –Eu tenho ideias, mas são só ideias que eu não arriscaria participar, porque posso estragar tudo...- Sentia um pouco de raiva de mim mesmo, não demonstrava, mas era visível meus punhos cerrados com força –Eu quero ser forte, um grande bruxo... Mas qual é o custo pra ser um? Quer dizer... Vale arriscar tudo para se tornar um?-

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Mensagem por Juliana C. Collin Drac Ter 24 Mar 2015, 14:53



- Se você tem receio de deslizar para o outro lado é porque não tem controle sobre esse demônio. - Falo encostando no tronco da árvore, sempre tive aptidão para a franqueza e arrumei muitos inimigos durante a minha vida por conta disso também. - Você não quer enxergar Lucas... - Digo com um leve sorriso nos lábios. - A admiração um dia acaba, mas o que somos e quem somos não muda. - Dou de ombros, não me sinto tão frustada por Olívia ter escolhido outro caminho, me sinto frustrada porque eu perdi minha filha. - Luch pisa em ovos comigo até hoje, embora saiba que já estou bem resolvida com esse conflito. - Cruzo as pernas e fico observando as imagens na árvore. Eu entendo o medo de Lucas, as nossas sombras sempre nos persegue, mas eu não compreendo da onde advém essa obsessão absurda por ser grande se ele é ainda um garoto. - Você diz que não tem potencial e eu digo que tem, o que vale mais? - Pergunto olhando para ele. - Eu sou muito mais experiente que você, cuidado com o que vai responder. - Rio no final da frase colocando a mão em cima da mão dele. - Não se preocupe querido, eu não sou ninguém, sou apenas uma bruxa com uma bagagem girante de história, mas meu objetivo nunca foi ser grande. Eu só quis... - Olho para frente lembrando de todas as minhas perdas, solto um longo suspiro. - Ser feliz! - Concluo. - Casei com um homem maravilhoso, tenho filhos maravilhosos, tenho uma irmã que... - Olho para ele - Eu não preciso de voto perpétuo para me manter unida a Gabi. - Sorrio. - Eu conquistei as coisas mais verdadeiras, atingi o que quase ninguém consegue atingir... - Eu estava calma, serena, eu me sentia inteira. - A plenitude. - Concluo com a voz leve.

Olho para frente vendo o céu tomar uma postura alaranjada, eu sempre gostei do pôr-do-sol, muito mais do que o seu nascimento, eu enxergo certa beleza na morte, acredito que ela é cheia de significados dos quais nós não somos capazes de compreender. - Bem... Acho que hoje a nossa conversa foi um pouco densa. - Digo soltando a sua mão e agarrando a minha. - Quero que saiba que você tem em mim mais que uma Diretora, você tem uma mãe, uma amiga. - Nossos segredos se foram, nossas lembranças também sendo levadas pela leve brisa do vento. - Pense na minha proposta e me responda quando tiver certeza do que quer. Logo eu estarei indo embora e eu quero alguém à altura para assumir a Lufa-Lufa. - Lucas deveria se sentir orgulhado por ser enxergado como sucessor de Juliana Cancheski Collin Drac, mas ele estava perdendo tempo se diminuindo. - Espero que consiga olhar para si e enxergar quem você verdadeiramente é. Eu consegui, mas não foi fácil. Eu precisei de ajuda, não queira fazer isso sozinho. - Silêncio. - Tudo que me disse ficará entre nós, mas espero que seja sincero comigo em todos os aspectos e você ganhará mais que a minha lealdade. - Somente Lucas ou outro lufano poderia entender o verdadeiro significado da frase, a lealdade é a nossa mais verdadeira habilidade, o nosso mais verdadeiro eu. - Entretanto... - Finalizo. - Estarei com você seja lá qual decisão tomar, já lhe disse. - E era a mais pura verdade, jamais condenaria alguém por suas escolhas.

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Mensagem por Lucas von Lich. Collin Ter 24 Mar 2015, 16:00








Crows

“Acho que não é só uma admiração pela Lady...”, pensei, eu estava confuso com relação a mulher, não sabia definir exatamente o que era que eu tinha com ela, mesmo Saphira tendo seus mais de 50 anos. “Talvez seja só um sonho infantil...”, era difícil os outros entenderem o porque desse desejo, mais pra mim era comum, mesmo tendo deixa-lo de lado por um tempo, ele voltava quando me sentia impotente de algo, “Talvez para suprir meu fracasso... Querer se tornar mais forte, me superar...”, podia ser essa a razão –Acho que nada...- Respondo sua pergunta. “Só ser feliz...”, a frase pairava em minha mente enquanto escutava a Diretora falar.

Após uma pausa breve observando o sol se por, Juliana voltou a falar, concluindo sua proposta, “Mais que a lealdade”, a lealdade era uma, se não a maior característica de um Lufano, e ganhar algo além de um, poderia se dizer que era uma honra.


Já havia tomado uma decisão, mas fiquei em silêncio um pouco após a mulher parar de falar –Você não é ninguém, inspira as pessoas...- Cochichei falando comigo mesmo sobre a Diretora –Eu aceito, Ju, quer dizer, Diretora... Aceito assumir a Lufa-Lufa quando a senhora não puder mais- Disse levantando a cabeça e olhando para a mulher –Mas... Você me ajuda?- Perguntei –Não a ser um grande bruxo... Aquilo... É um sonho idiota...- Dizer aquilo era um pouco difícil, mas tinha que tentar aceitar o que realmente era o sonho, “Uma forma de me sentir melhor quando for incapaz...”, porém ainda continuava sendo uma espécie de choro –Mas a ter aptidão para assumir a Lufa-Lufa- Continuei dizendo –Me preparar para assumi-la- Acrescentei, esse era meu único pedido a Juliana. Juliana tinha minha lealdade, assim como os outros, mas estaria disposto a oferecer mais do que a lealdade, como forma de agradecimento, respeito e confiança pela mulher.


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Mensagem por Juliana C. Collin Drac Ter 24 Mar 2015, 16:26


Suas palavras eram a mais pura prova de que ele se tornará um grande bruxo a decisão, o enfrentar os seus próprios medos. Sorrio pacificamente, depois de alguns anos a gente aprende a valorizar as coisas simples da vida, como o sentimento, o cheio da terra, os pássaros voando, a liberdade que nos é dada. Sinto uma grande euforia se instalando em mim. Com um pouco de dificuldade eu me levanto estendendo a mão para o garoto. Quando nossas mãos se tocam eu a aperto e olho dentro dos seus olhos, por esse instante sinto que sou capaz de penetrar o eu de Lucas e fazê-lo esquecer de todas as suas dificuldades, é como se eu pudesse enxergar o que há além de mim, mas o que condena a alma. - Você será a pessoa perfeita passa assumir a tarefa, você Lucas... - digo com a voz um pouco abafada de emoções. - Já é um grande bruxo! - Ele se levanta e permanecemos juntos em pé. - E nada pode tirar isso de você, a menos que você permita. - Gesticulo cuidadosamente apontando para o seu peito.

Começamos a caminhar vagarosamente, eu novamente me apoiava nos ombros do garoto afim de não escorregar na grama. - Nossos sonhos não são idiotas... São a nossa essência. - Me diga Lucas, qual a coisa que você menos suporta em uma pessoa?  - Espero ele responder. - Esta geralmente é a nossa sombra. Eu por exemplo odeio pessoas que são metidas a altruísta. Bem... eu não sou a pessoa mais altruísta do mundo, mas... - Suspiro. - Devo ter isso em algum lugar em mim. Não quer dizer que somos aquilo que odiamos, mas temos... Entende? - Sorrio me sentindo uma velha caroca que ninguém aguenta. Paro e puxo Lucas para um abraço apertado.

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Mensagem por Lucas von Lich. Collin Ter 24 Mar 2015, 18:17








Crows

“Passaros...”, pensava vendo os animais voarem para longe ao por do sol em Hogwarts, era uma cena bonita. Olho para Juliana, estava com uma das mãos esticadas, faço o mesmo que a mulher que olhava em meus olhos, “Você é como uma mãe... Minha mãe em Hogwarts”, olhava como se pudesse transmitir esse pensamento a ela, minha mãe era Sookie, porém ficava mais tempo em Hogwarts do que em casa, Juliana estava agindo como uma mãe. Sorri com as palavras que ela dizia, “Eu não sou um grande bruxo...”, pensava, não queria que aquilo subisse em minha cabeça.

Após levantar junto com Juliana, caminhamos até o castelo novamente –A arrogância...- Respondo sua pergunta. “Acho que você me odeia...”, pensei dando um leve sorriso ao escutar a professora falar. As vezes me considerava altruísta, gosto de ajudar os outros ou tentar fazer o possível para ajuda-los, mas não me considerava “metido a altruísta”. “Devo ter um pouco de arrogância dentro de mim”, afirmo com a cabeça enquanto ajudava a mesma a descer.


-Parabéns pelo bebê, Ju...- Disse já próximo a entrada do castelo enquanto caminhava ao lado da Diretora –Mais um herdeiro de Luch... Um novo Collin na família- Finalizei com um sorriso enquanto entravamos no castelo. Eu e Juliana saímos do local.



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Mensagem por Carrie Lis Wolfthorn Qui 09 Abr 2015, 01:07

As pétalas das rosas caiam lentamente, forrando o chão escuro com sua cor rubra. Carrie tocou a ponta dos dedos numa das rosas, a segurou e sentiu a flor se despedaçar em sua mão fria. Mordiscou o lábio inferior, respirou fundo e olhou para o céu. Estava próxima a árvore do passado. Uma árvore antiga e mágica. Talvez uma das mais poderosas no mundo bruxo. A ruiva se aproximou um pouco mais, tocando a mão lentamente no caule da árvore.
Sentiu a leve brisa envolver seu corpo, fechou os olhos e respirou fundo. Ao abrir os olhos a professora se viu num local cercado pela grama. Uma pequena garotinha corria de um lado para o outro, brincando com um elfo doméstico. A pequenina passou os dedinhos na terra molhada e depois os esfregou no rosto. Andou lentamente até a ruiva e gritou, tentando assustá-la. A ruiva viu Carrie sorrir e, naquele momento, foi que ela percebeu o inesperado. A árvore encantada já havia levado a ruiva para o passado. Ela fechou os olhos e depois os abriu, mas sua imagem e a de Madeline continuavam. Respirou fundo, caminhou para trás de uma árvore e ficou observando as duas.
Carrie sentia saudades de quando brincava com a filha. Estavam sempre unidas, como melhores amigas, mas ultimamente a ruiva tem estado tão perturbada e atarefada que mal consegue dar atenção para sua pequena flor de lótus. A docente balançou a cabeça para os lados e seus olhos começaram a lacrimejar.
Em questão de segundos Carrie abriu os olhos. Estava deitada ao lado de uma grande árvore. Levantou-se devagar, olhou para os lados e respirou fundo. “Árvore maluca”, sussurrou para si mesma. Respirou fundo, ergueu a cabeça e saiu dos terrenos do castelo, seguindo para a sala onde lecionaria.  



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Mensagem por Luch Cancheski Drac Dom 03 maio 2015, 04:34





          "- Ei Luch! Olha só, seus óculos estão tortos e sua roupa abotoada errada..." - Dizia uma voz aguda de uma menina de olhos espertos e um longo cabelo loiro, escorrido. Juliana se aproximou de Luch, um menino de cabelo espetado, enormes olhos azuis e óculos que deixavam eles ainda maiores. Sua expressão de susto era engraçada, pois não conseguia dizer muita coisa, apenas observar. - Eu... estou com medo. E se ficarmos separados? Só conheço você Ju... - Dizia com uma voz quase engasgada. Juliana sorriu ainda mais, como se aquilo fosse a coisa mais fofa e engraçada do mundo, deixando Luch um pouco envergonhado, mas um tanto confortável com isso - Se lembra do que disse na Sorveteria? Somos "melhores amigos para sempre". O Chapéu lê nossos sentimentos Luch, ele faz mudanças para nos ver completos, é o que todos sempre dizem. Vamos, tá na hora, melhor andar para não desmaiar de nervoso, Luch... - E de mãos dadas, as duas crianças saíram da salinha debaixo das escadas e seguiram para o Salão Principal em uma fila de primeiranistas."

         Luch retirou a mão da árvore e se afastou, sentindo um vácuo em sua mente. Ficou um tempo olhando para o tronco com tons acinzentados e depois observou suas próprias mãos, envelhecidas e bem diferentes do que eram. Nos últimos dias ele sentia um aperto inexplicável no peito. A sensação de que sua alma parecia querer pular fora do corpo, uma divisão proibida em sua existência que não podia explicar. O Diretor já havia sentido algo parecido quando pensava em quebrar o Voto Perpétuo que havia feito com a prisioneira, mas era ligeiramente diferente. Sentia que seu corpo se destruiria e fragmentaria se desobedecesse ao pacto, mas o sentimento atual era diferente, era como se arrancassem fio a fio a trama que gerava sua felicidade. Resolveu colocar a mão de novo no tronco, para mergulhar um pouco mais em lembranças agradáveis.

         "- Não Ju! VOLTA AQUI JU! - Um Luch mais maduro que o anterior, mas ainda de óculos, corria atrás de uma Juliana mais séria e com uma expressão de ódio. A menina ostentava o brasão da Lufa-Lufa no peito, assim como Luch e com dois movimentos aparentemente simples, subiu na árvore das propriedades de Hogwarts. - Você vai cair Ju! Desce logo daí, por favor... - E o rapaz dizia, colocando os braços estendidos para frente a todo momento, quando ela parecia se desequilibrar. - Eu não vou descer Luch, você acha certo o que o grifino fez com o colega de casa? Só porque estava falando conosco? Com lufanos? - Perguntou Juliana, fazendo um movimento pendular com o corpo para trás e para frente. Luch parou de correr atrás dela e cruzou os braços, sério - Não, mas ele surrou Laine, você e eu também. Então, o que podemos fazer? Deixa isso para lá... - Luch parecia implorar com os olhos, ajeitando o óculos. Já Juliana tinha um brilho no olhar, o brilho de alguém que sempre tinha um plano - Eu sei o que faremos... Nós vam... - E então a menina escorregou, caindo para frente bem em cima de Luch."

         Luch retirou novamente as mãos da árvore e gargalhou. Naquele dia ele e Juliana foram parar na Ala Hospitalar graças a um colega e tiveram que se explicar para um monitor sonserino. O Diretor se virou e encostou na árvore, deixando seu corpo deslizar lentamente pelo tronco até se sentar no chão, abaixo da copa da Árvore do Passado. Colocou as mãos sobre os joelhos e ficou aproveitando da sombra e da vista. O monte ficava razoavelmente mais alto do que o resto dos terrenos e de lá podia ver tudo. Observou então que alguém se aproximava devagar, era a sua esposa com uma enorme barriga de grávida, o que o fez sorrir. Luch se levantou e foi recepcioná-la na base do Monte, abraçando-a e dando um caloroso beijo de bom dia. - Nem imagina que lembranças eu tive agora mesmo quando toquei a árvore... Do nosso primeiro ano, tão antigas... E tão boas. - Luch acariciou o rosto da esposa e depois tocou sua barriga, sentindo os movimentos do bebê.  - Passou tão rápido, né? Acho que depois da segunda gestação a gente nem nota mesmo...



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Mensagem por Juliana C. Collin Drac Seg 04 maio 2015, 23:14


"Será que eu passei algum tempo escondendo isso? Eu não sabia. Parecia tão natural e ao mesmo tempo tão constrangedor. Mas agora eu parecia estar acordada implorando por socorro. Sei que fui eu quem procurou por isso, mas ele correspondeu. Isso estava remexendo dentro de mim. É como se eu estivesse perdendo uma noite de sono que eu não posso ignorar. Senti seu toque, ouvia o som do silêncio ao nosso redor e tão contente por ter nos encontrado dessa maneira, só o barulho do nosso eu. Retribui seu beijo, ou ele retribuiu o meu, foi tudo muito delicado e calmo, não sei se ele estava se sentindo como eu... Confuso!


Nos separamos e meus olhos fixaram-se no chão. Fiquei olhando para baixo com as bochechas rosadas. - Agora eu estou perguntando onde você sempre esteve... - Sentindo a agitação dentro de mim, pairei as minhas palavras no ar. - Eu vim a você... - Pausei novamente. - Sabendo que você sopraria uma nova vida pra dentro de mim. - Disse com um riso sem graça no final da frase. Ergui minha cabeça mas meus olhos permaneceram no chão por alguns segundos. Nós dois estávamos atordoados demais para falarmos algo que pudesse fazer algum sentido. - Eu não me canso de você. - Agora estava olhando em seus olhos. - Isso faz algum sentido? - Perguntei com um nó na minha garganta. Eu não quero perder o meu melhor amigo.



Sentei certo, abraçando meus joelhos. - Ache um pouco de paz e convicção neste sorriso. - Disse para tentar acalmá-lo, eu não sabia o que ele estava sentindo na verdade. A verdade mesmo, é que era aquilo EU precisava. Olhei para o lado e deixei o vento me carregar, esperando alguma palavra ser pronunciada. Eu estava sendo egoísta, mas eu sempre amei Luch, talvez de uma forma diferente, mas sempre o amei."

Caminhava tranquilamente observando a grama verde, a cada passo eu sentia que eu ganhava um pouco de vida que subia pelos meus pés e caminhava pelo meu corpo, em contra partida eu matava um pouco de verde com toda a minha intoxicação vital. Deslizava a mão pela minha barriga enquanto olhava para o céu, não teria a chance de ensinar para a Vida o valor da Vida, mas esperava profundamente que ela aprendesse, esperava profundamente que ela fosse livre, como as andorinhas. - Vida, mamãe queria poder ter tempo de te ensinar o valor das coisas. - Sussurrei parando e olhando para  um pássaro que voava à nossa volta. - Vou te contar um segredo... Eu tenho muito orgulho de Liam e Olívia, mesmo que tenham optado pelo caminho que eu não considero correto, mas como eu posso julgá-los se eu mesma quase fiz o mesmo? - Suspirei voltando a caminhar. - Eles são corajosos, é preciso muita coragem para tomar a decisão que tomaram... Mas é preciso ainda mais coragem e tomar a decisão que Lorena tonou. É difícil ficar, eu sei. - Desabafei olhando para a árvore do passado, um homem estava lá, com a mão apoiada no tronco da mesma. Um homem que há tanto tempo roubou meu coração, cuidou com tanto carinho e amor. O homem da minha vida. - Espero que seu pai também seja corajoso Vida, ele irá cuidar de você meu amor... - Sentia a garganta contorcer enquanto puxava o ar. 

Pouco a pouco chegava perto de Luch, estava com a expressão tranquila embora um npo na garganta e um aperto no corpo todo, como eu amava esse homem, ninguém jamais poderia me fazer feliz como Luch faz, nossos momentos são únicos e eu queria que a humanidade sentisse um terço do nosso amor, talvez assim, ela seria melhor, porque Luch me fez melhor. Ele sorriu vindo em nossa direção, minhas mãos envolveram o seu pescoço e eu lhe ofereci um beijo puro, intenso, verdadeiro, aquele beijo de tantos anos atrás, o beijo apaixonado, medroso, fóbico, um beijo gostoso. Assim que nos afastamos toquei o rosto de Luch, seus olhos claros inundam-me de amor. Nossas testas se encostam com um pouco de dificuldade, ele desliza a mão pela minha barriga e eu sorrio segurando as lágrimas. - Amor, eu estou chamando nosso filho ou filha de Vida... Acho que ela está se acostumando com o nome. - Foi involuntário, comecei a chamar de Vida assim que soube que o meu fim estava próximo e que Vida sobreviveria. - Por Merlin Luch, Por Merlin... - O puxei para um abraço apertado, era tudo mais difícil de fazer com a barriga grande. Sentia as mãos de Luch em meu corpo, como se ele pudesse me proteger e me aquecer, como se ele pudesse me afastar de todo mal, mas aí percebo que o mal não é de todo mal, era necessário, estava chegando minha hora. - Amor, eu te amo tanto, eu sempre te amei e eu sempre foi te amar, não importa em que dimensão desse universo esteja o meu espírito ou o seu... O meu amor foi feito pra você, só pra você! - Disse sentindo as primeiras lágrimas escorrerem pela minha bochecha, eu poderia colocar a culpa na instabilidade emocional da gravidez, ele mesmo já ligaria uma coisa à outra. - Luch, me perdoa por todas as vezes que te magoei, meu amor, eu te amo, você é o melhor amigo do mundo, o melhor marido do mundo e o melhor pai do mundo. Obrigada por ter me dado a honra de ser sua mulher. - Beijava a bochecha de Luch, jogando-me em seus braços.

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Mensagem por Luch Cancheski Drac Seg 11 maio 2015, 23:09





          Aquele abraço... Obviamente eu já tinha dado muitos e muitos abraços e beijos em minha esposa, mas senti algo especial neste último abraço que recebi de Juliana. Era um abraço diferenciado, mas que eu não conseguia identificar seus motivos... Talvez fosse a gravidez. Algumas pessoas dizem que é sempre difícil se acostumar a ser mãe e que a cada novo filho a sua sensibilidade só aumenta... Possivelmente Ju estava passado por esse tipo de situação e só precisava mesmo do meu carinho aumentado em algumas vezes para se sentir bem. Retribui ao abraço e aos beijos do amor da minha vida, me certificando de que sentiria seu calor e seu perfume por muito tempo ainda em meu corpo, em meus braços. Segurei seu rosto com carinho e a beijei, fechando meus olhos bem apertados e memorizando em cada um dos meus sentidos o que era estar verdadeiramente e eternamente apaixonado por uma pessoa, mas eu não poderia esconder de mim mesmo que dentro do meu coração, bem lá no fundo, eu tinha um mal pressentimento. Algo que engolia a todo momento para não se manifestar e que jamais contaria para Juliana. Era melhor esquecer... Vivemos em torno de tanto perigo que pensar nisso apenas nos faz mal. E temos uma vida pela frente, literalmente. Temos A Vida, que está dentro da minha esposa. Mais uma alma brilhante e que veio iluminar a nossa vida de um jeito todo diferente. Ao me afastar do beijo, ouvi atentamente o que Ju tinha a dizer e enquanto isso olhava para baixo, para aquele enorme volume sob a roupa tipica de grávida e sorri, acariciando sua barriga. - Vida? É um bonito nome... Engraçado que eu só consigo relacionar vida a uma coisa e é a você, meu amor. Você é literalmente minha vida, meu ar, meus dias... Assim como nossos filhos, que são uma continuidade bela do nosso amor. Sei que sou uma manteiga derretida, mas eu não posso evitar... Não é tão belo saber que nosso amor e tão forte que gera Vida? E que essa Vida se perpetua independente de nós? - E sorrindo, segurei sua mão, sentindo meus olhos arderem e encharcarem e as beijei. Muitas e muitas vezes, apertando firme contra mim. Olhei Juliana nos olhos e ela também estava chorando, extremamente emocionada. Ju era forte e para chorar desta forma precisava de motivos e emoções fortíssimas. Com certeza esse é um desses momentos. Esbocei um sorriso e beijei sua mão mais uma vez, demoradamente. - Nosso amor é muito mais do que o toque, do que o físico. Nosso amor, que veio desde nossa amizade é eterno. Tão eterno e poderoso quanto às palavras. Arrisco dizer que está acima de bem ou mal, é único e eu não me canso de dizer que você é a minha alegria, que seu espírito já faz parte do meu... Seja onde eu estiver, ou aonde você estiver, vamos estar ligados para sempre pelo amor. Amor capaz de coisas impossíveis... Eu te amo Juliana, amor da minha vida. - A abracei fortemente, fechando meus olhos quando repousei minha cabeça sobre seu ombro, beijando em seguida o topo de sua cabeça. - Não tem do que se desculpar. Tudo que aconteceu ou dissemos faz parte da nossa vida, da nossa história. Até as brigas... Na saúde e na doença, na pobreza e na riqueza, na paz e na contenda... Até que... que... não, nada vai nos separar. Nada... - E a olhei de perto, me afastando o suficiente para ficar frente a frente com Juliana e encostar calmamente nossas testas. Sorri, enxugando suas lágrimas e fechei meus olhos por algum tempo. Gostava se sentir sua energia, também gostava de sentir essa emoção, como se pudéssemos nos permitir esquecer os problemas do mundo por um tempo, apenas sermos nós dois novamente, quando achamos que a paz podia ser eterna e tínhamos finalmente descoberto o verdadeiro amor. Agora estávamos novamente atolados em uma guerra eminente, onde coisas horríveis podiam (e iam) acontecer. É fácil dizer para nos prepararmos para tudo, mas como dizer a um pai ou uma mãe que seus filhos ou companheiro tem as suas vidas repousando sobre um fino fio de algodão? Fio que se rompe com cada vez mais facilidade conforme o peso do ódio nos consome... Esta noite, aqui abraçados, nada disso existe. Apenas Luch e Juliana, felizes por estarem juntos mais uma vez... Até quando viveremos isso?



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Mensagem por Juliana C. Collin Drac Dom 24 maio 2015, 12:24


O toque da mão de Luch em meus ombros, no meu rosto, no meu corpo. Cada vez que ele me olhava eu ganhava novas células, como se isso fosse possível para me manter viva, a cada vez que ele me tocava eu ganhava um pedaço da sua existência que se colava em mim e isso me permitia respirar sem pirar com o que estava para acontecer. Cada parte minha, o meu eu ficou colorido. Eu era colorida pelo meu marido. Arfei, senti meu peito subindo e descendo junto ao seu, eu sentia que estava próximo, próximo a ponto de que esse era o nosso último momento. A Vida entre nós simbolizava o nosso amor, bem como nossos quatro filhos que já caminhavam para o futuro. O silêncio que se instaurou era sepulcral, me fez arrepiar. Eu tremi, não sei se de frio ou de dor. - “...estou indo embora”, foi o que consegui dizer com a voz entrecortada ao abrir os olhos e seguir em frente naquela que seria a decisão mais dolorosa que tomei em toda a minha vida. Os nossos corpos corriam pra dentro um do outro e a boca dele desajeitadamente derrubando cada letra dentro do meu ouvido. Parecia que nada de novo havia para ser dito, era um adeus contendo todas as incertezas, esperanças e frustrações. Não acredito em amor à primeira vista, e mais uma vez não foi assim que aconteceu. Só que lembro exatamente do momento em que passei a olha-lo diferente. Do clique. Planos. Os fizemos, tantos que perdi a conta. Tantos foram realizados e estão escritas de maneira indelével em minha memória todas as aventuras vividas, infelizmente algumas desventuras também, que não consegui que fossem esquecidas. Porque a vida,  não é feita só de nutella e alegrias. O saldo, bem, é pra lá de positivo se pensarmos apenas no amor vivido. A sinceridade não está no eu te amo que sai da boca, mas num olhar ou num abraço silencioso. Estou engolindo meu orgulho, que está mais ferido que eu pudesse supor. Sangrando. Sangrando por dizer adeus. Já dissemos tanto um ao outro e agora me parece que nada mais há para ser dito. Só que eu o amo, o amo mais que a minha própria vida. Disparate, desvario, sandice completa é passar trinta e oito vidas escrevendo, pensando, debatendo e argumentando para no final perceber que, quando todo o tempo se esgotar, a única coisa que vai ficar para além de nós é esse sentimento estranho que nunca conseguimos fazer caber em nome nenhum. - Delírio é achar que é possível ir embora sem levar um pedaço meu com você, sem deixar um pedaço seu remendado na minha alma, sem passarmos a eternidade tentando inutilmente fazer alguém encaixar nos buracos que nós, juntos, criamos.  Eu te amo, meu amor. – Nossos lábios se cruzaram, nos beijamos.

A mesma cena vivida várias vezes perde a graça, a força, o sentido, perde a capacidade de marcar, de assombrar, de criar história, de fazer sentir. Só o inédito, o efêmero, o instante pode se tornar eterno. Só aqueles breves segundos, só aquela voz, só aquela frase, uma única lembrança que não cessa de não se inscrever queimando a pele, a retina, a memória: Ele que se esquece está destinado a lembrar. Se a maioria das nossas células (ou todas), não nos acompanham a vida inteira, então como sabemos que ainda somos nós mesmos? (ou melhor,) então como não sabemos que já somos outros? Eu sou o Luch, eu moro no corpo dele e ele mora no meu, mas agora meu amor será despejado e precisará voltar para o seu próprio corpo. Arfo novamente, me afasto, olho em seus olhos, o azul intenso, meu mar intenso. Seguia as lembranças como se fossem migalhas de pão envelhecido, era hora de dizer adeus. Meus dedos tocam sua face. Silêncio. – Eu sempre estarei por todos os cantos. – Sorri, “hormônios...” ele deveria estar pensando. Suspiro antes de selar meus lábios nos seus pela última vez. Sobre o céu estrelado, sobre as nossas memórias, lembranças vívidas, sobre o nosso amor permanecemos abraçados, morando pela última vez um no outro antes de SAIR do local, a cada passo eu deixava um pedaço de mim, eu já não posso mais existir. Não precisava falar mais nada, Luch sabia tudo.
Juliana e Luch saem do local.
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Mensagem por Luch Cancheski Drac Dom 24 maio 2015, 15:27





          Meu ponto de equilíbrio. Era isso que Juliana significava para mim, mas não como uma pessoa que necessitasse estar sempre ali para me equilibrar e sim como alguém que me ensinasse constantemente a ter o equilíbrio necessário entre a calmaria e a tormenta, para me manter com as próprias pernas. Sua vida ao meu lado sempre foi mais do que amor, amizade, companheirismo. Foi ensinamento. Os últimos anos tem sido duros, como se o mundo ao nosso redor fosse despedaçando. As garras do tempo, das injúrias e das trevas tentam destruir a todo momento o construto familiar que geramos com muito amor em doces anos, mas nesta altura da vida eu vejo que por mais que tentem nos atacar, o núcleo de amor formado jamais será rompido. Crescemos juntos, nos transformamos no que somos ao longo dos anos juntos e iremos até o fim desta forma. Nos tornarmos UM com o tempo, mas não deixando de ser quem somos... Muito pelo contrário, nos fundimos em um só sentimento reforçando nossas individualidades e é isso que nos torna forte acima de qualquer problema. Depois de tantos anos unidos, eu consigo encarar Juliana e ver nela a mesma garotinha de antes, com a mesma força de vontade e garra aumentados em algumas muitas vezes graças à nossa história e me pergunto se ela também vê um "Luch evoluído" ao me observar com seus olhos tão tenros e apaixonados, como sempre foram.

         "Estou indo embora". Uma frase, simples, dita pelos lábios da pessoa mais complexa e incrível que eu já conheci. Uma frase tão simples que poderia ser interpretada como alguém indo embora, mas na voz do amor da minha vida significavam muito mais, apesar de não saber (ou não querer saber), o que ela realmente significava. Ela estar indo embora não é possível, já que ela sempre estará comigo independente do que aconteça, por isso apenas sorrio. Sorrio pela confirmação de um estado pleno em minha vida onde não tenho medo, uma sensação de "dormência do temor". Suas palavras sempre tão certeiras e intensas sabiam sempre como falar o que ela queria dizer, diferente das minhas desajeitadas formas de se expressar, pois eu me expresso melhor pelos gestos e aquele abraço demonstrava isso... Apertado, mas com cuidado, pois entre nós estava a Vida. Lá estava eu, cuidadoso com meus dois amores, tentando passar pelos meus poros o que eu sentia, pelo contato, pela minha energia. E também era necessário sentir o caminho inverso dessa força. O que vinha do corpo da minha esposa era intenso, um debulhar de emoções em um simples toque de sua mão em meu rosto, que fechei os olhos e usei meus próprios dedos sobre os dela, para aproveitar melhor. "Eu te amo", era o que ela dizia e que penetrava muito mais fundo em meu coração neste momento único.   

         - Será que o mundo um dia verá um amor como nosso? Será o nosso amor como um cometa viajante, que roda o universo e só passa no mesmo lugar novamente depois de alguns milhares de anos? Nós temos uma história muito feliz, não temos? A mais linda de todas... - E dizia com consciência de cada uma de minhas palavras, sabendo que "história feliz" é aquela com início, meio e fim, mas que é vivida e contada intensamente e com todos os detalhes. O entardecer atrás de nós indicava o fechamento, era hora de partir. O momento em que fisicamente nos separamos, que a saudade bate forte apesar de anos de casado, que sabemos que tudo o que vivemos valeu mais do que a pena. Precisávamos voltar ao Castelo e nos preparamos para nossas funções no Baile, o fim de uma era estava chegando. Sim, eu sabia que estava chegando, pois em algum lugar, as últimas bolhas coloridas de sabão finalmente estouravam.

        Luch e Juliana deixam o lugar.


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Mensagem por Luch Cancheski Drac Sáb 30 maio 2015, 13:19





          Havia chegado o momento que tanto temia. Um momento de despedidas finais em que não veria mais o rosto da minha esposa, nem em seu corpo sem vida. Juliana seria enterrada hoje em um lugar sugestivo, aos pés da "Árvore do Passado". A Árvore era o marco do local do memorial às vítimas do Holocausto de Halloween. Holocausto tal, que foi o grande momento em que Saphira tirou a vida de muitas crianças. Agora mais uma dessas crianças perdia a vida e faria todo sentido ser ali o seu túmulo. Pedi a vários elfos domésticos que preparassem o local com tudo que precisava. Uma cobertura de pano, numa espécie de lona bem esticada, cadeiras negras e organizadamente dispostas, além de um buraco bem fundo no chão cavado sobre uma grossa camada de neve e terra. Fui o primeiro a chegar e não havia feito muito alarde sobre o evento, os que realmente se importavam com a minha amada Juliana seriam os que viriam prestigiar o seu último grande momento. Os elfos terminaram de cavar e ficaram a postos, com suas pás em mãos e observando a chegada dos outros. Fiquei ao lado de seu caixão, fechado. Juliana me acompanharia até o fim, mesmo que não fisicamente. Ela estaria diretamente ligada a minha principal estratégia de tomada das trevas e recuperação da paz. Apenas fiquei em pé ao aguardo.

Postagens liberadas até Domingo (31/05). Sem ordem e sem valer qualquer ponto, apenas postagens.



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Mensagem por Lucian Linsenbröder Sáb 30 maio 2015, 13:46


Não foi o mundo que piorou, as coberturas jornalísticas...

É claro que Lucian havia escutado tudo a respeito da morte de uma das professoras de Hogwarts. Juliana, ex-mulher de Luch, diretor de Hogwarts. Vários haviam sido convidados para o enterro, inclusive ele. Andava pela extensão de Hogwarts, indo até a árvore. O caixão era perfeitamente colocado ali, e Luch ao seu lado parecia fazer parte dele.

Finalmente Lucian se aproximou do caixão e colocou uma pequena rosa amarela ali. Lembrava-se que ela era lufana. Olhou para Luch e disse:

-Luch, sou Lucian, do Profeta Diário. Meus pêsames pela sua perda.
Suspirou olhando novamente para o corpo inerte da mulher. É claro que não teria um bom momento depois daquele para fazer as perguntas que precisava. Não sabia quem mais apareceria ali, então tirou o pequeno bloco e a pena do bolso. Olhou novamente para o homem e se aproximou um pouco. Seu olhar firme entregava o que estaria por vir.

-Luch, me diga por favor. Como Juliana morreu exatamente? - A pergunta soava fria. - Me desculpe ser tão rude diretor, mas não tenho uma maneira melhor de perguntar isso.

Possivelmente o choque da pergunta deixaria o homem abalado, mas precisava perguntar, afinal era seu trabalho. Além do mais não tinha certeza se os outros jornalistas chegariam tão cedo, então precisava aproveitar todo o tempo.

...é que melhoraram muito.

Esse é meu post de número {01}. O tempo está {-}, e estou usando {-}, estou falando com {Luch}. Estou postando {monte}. E agradeço a Lari ? por esse template.


Última edição por Lucian Linsenbröder em Seg 01 Jun 2015, 09:36, editado 1 vez(es)
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