[6º ano] Jennifer Bolter Kupffer

 Foi em uma manhã fria do inverno escocês, pela primeira vez se encontravam juntas as famílias Bolter e Kupffer. Dava para se notar o olhar de preocupação de Garret e Christopher, afinal, estavam há horas na espera de notícia de Beatrice. Garret estava na espera de sua sétima neta e Christopher sua primeira filha, até então o nome da pequena ainda era sigiloso. Beatrice estava acompanhada de sua mãe Desiré Bolter, e depois de oito horas exaustiva chegará a pequena. Christopher subiu as escadas da mansão correndo seguido de Garret e sua esposa, ao adentrar no quarto o homem ficou sem ar. A visão perfeita, de sua tão esperada filha e sua amada mulher. Beatrice portava um sorriso deslumbrante e seu olhar fixo na pequena menina. Em uma fração de segundo os olhares do casal se cruzaram e ambos já sabiam qual seria o nome da pequena. Christopher se deitou ao lado da mulher que segurava sua filha e envolveu seus braços em um abraço em ambas. Para a família Kupffer o nome era algo muito importante, então depois de alguns minutos Beatrice anunciou, que a primogênita se chamaria Jennifer Bolter Kupffer. O responsável por atualizar as informações ao demais que se encontravam no primeiro andar era Garret, o homem estava muito emocionado e precisou de alguns minutos para se recompor. Adele era a neta mais nova e filha do único filho de Garret.
Filha de dois ministeriais de sangue mestiço, desde pequena sempre teve tudo do melhor e uma educação muito rígida. Beatrice voltou a trabalhar assim que a mesma completou três anos, e aí a pequena ruiva começou a conviver com seu avô Garret, o mesmo se tornou responsável pela menina enquanto seus pais trabalhavam. Ele não se importava, o mesmo amava ficar com a neta, apesar de ter mais seis. Apesar dela ainda ser uma criança, o homem lhe ensinou valores que a mesma carregará para sempre. Ao completar seis anos, sua avó paterna Eleonor veio a falecer, foi um momento muito difícil para Christopher e Garret. Adele não entendia muito bem o que aquilo significava, afinal ela era apenas uma criança, mas a mesma notava o olhar de tristeza que todos portavam na mansão em que vivia. Seu avô entrou em depressão e dificilmente saia de seu quarto e a mesma perdeu seu grande companheiro de brincadeiras. Havia sempre um adulto pra ficar responsável pelas crianças e agora Adele se aproximou mais de sua tia Louise, mãe de seu primo Davet que se tornou o melhor amigo da mesma.
Sua infância foi tipica bruxa, acompanhada de seus primos e em especial Davet. Mas essa união toda se acabou quando a menina foi mandada para Hogwarts por Beatrice. Antes mesmo da mesma nascer isso já estava decidido, a mãe da menina queria que a mesma estudasse no mesmo local onde todas as mulheres da família Bolter estudaram. Jenni não ficou muito feliz com a situação e sua aceitação foi complicada, a menina queria continuar perto dos primos e de Davet. Porém a mesma não teve escolha e em sua primeira noite em Hogwarts foi acolhida pela casa (?????). E na primeira aula de poções a menina conheceu Marc. um rapaz magrelo de cabelos castanhos com um sorriso muito simpático. O menino era um tanto atrapalhado e Jennifer resolveu ajudá-lo, começando ali na aula da senhorita Manarchi uma grande amizade. Seu primeiro ano foi muito calmo, sempre da companhia de Marc, Emma e Carolinne, a menina começou a fazer muitas amizades pelo castelo. Suas aulas favoritas eram de poções e herbologia, um favoritismo que compartilhava com Marc, que acada dia que passava se tornava mais intimo da menina. E a despedida do castelo foi muito difícil para mesma, finalmente depois de um ano letivo intenso a mesma voltará para casa, e apesar de tudo com o coração na mão. A menina se apegou muito ao rapaz Marc que lhe fez a promessa de manter contato por cartas durante as férias. Assim que chegou em casa, Adele pediu uma coruja de presente aos pais, que não negaram o pedido da filha única. Phili, a coruja da menina era negra com as pontas das penas em uma tonalidade mais acinzentada. E cada vez que Phili chegava com uma nova carta de Marc o coração da pequena ruiva pulava de alegria e tratava de responder imediatamente. E ficava na torcida das férias acabar e voltar a Hogwarts.
Os anos foram se passando e a menina ganhando maturidade, dificilmente se via a ruiva metida em encrencas e suas amizades continuavam fortes e o sentimento que a mesma sentia por cada um aumentava cada dia que passava. Até que a mesma chegou no quinto ano e começou a estagiar nas férias com seus pais, todos esperavam dela uma grande ministerial do futuro e ela trabalhava todos os dias pra isso. Estudava mais que todo mundo e sempre se manteve longe de encrencas para não manchar seu nome, fazia tudo como seus pais queriam. O que gerava algumas brigas entre a menina e seu melhor amigo Marc. E nas férias, em meio a uma festa de sua família a menina foi beijada por seu primo Davet. O que gerou uma briga entre sua tia Louise e Beatrice, porém os dois primos acabaram se apaixonando e pela primeira vez Adele estava fazendo algo contra a vontade de seus pais. Davet foi o primeiro rapaz que a menina beijou e a mesma se sentia especial. A ruiva começou a chamar a atenção de todos com sua beleza e charme. No último dia de sua férias, a menina já estava pronta pra voltar a Hogwarts, seu avô Garret meio a falecer, causando uma grande tristeza na mesma. No enterro de seu avô a menina ficou surpresa com a presença de Marc que foi consolar a mesma. E umas horas antes de voltar para o castelo, Jennifer terminou seu namoro com o primo Davet, que durou apenas um mês.
E agora em seu penúltimo ano surgiu a grande dúvida, apesar de desde pequena decidia em ser igual aos pais, a menina começara a ter dúvidas sobre seu futuro.

 Jennifer é o tipo de de jovem que te leva do céu ao em inferno em poucos segundos, apesar de ser meiga, gentil e comunicativa, não é fácil lidar com seu autoritarismo. Leal e amigável, sua primeira impressão da mesma será de uma moça envergonhada e de sorriso fácil, se engana quem pensa que vai conseguir impor suas vontades sobre a mesma sem retaliação. Inteligente e persuasiva, Jennifer tem dificuldade com ações que exige mais de seu corpo, por isso vê o quadribol como um grande inimigo. Sua sinceridade nem sempre é algo bom e a ruiva tem sério problemas para lidar com criticas, por mais sejam construtivas.

 >Finalmente, chegou a noite mais esperada do ano. Devo admitir que essa semana sem aula foi ótima e agora uma festa pra fechar com chave de ouro.  Uma semana antes de voltar ao castelo havia saído junto de minha mãe para comprar um vestido, sou muito vaidosa mas dona Beatrice é bem mais. Pela tarde recebi um 'presentinho' de minha mãe. Não sei como ela adivinhou ou sei lá o que, só sei que ela me enviou um lindo vestido branco. Com certeza eu não poderia ficar mais feliz, aquele era o vestido mais lindo que eu já vi na vida. Longo, de cetim e alguns detalhes em dourado, que combinaria perfeitamente com meu salto dourado. Ainda faltava a prova final, minha mãe sempre atenciosa sabia bem as minhas medidas mas esse tipo de vestido é um pouco mais complicado. Particularmente não gosto de branco, pelo simples fato da minha pele ser muito clara e meu cabelo bem ruivo, mas com os detalhes dourados do vestido caiu bem e não foi muito esquisito. Para variar já estava atrasada e não daria pra fazer grandes 'ornamentações' em meu cabelo, fiz o básico, uma trança cascata e uma maquiagem bem simples com um batom vermelho.

Aprecei Marc se não chegaríamos atrasados e eu não queria perder um segundo da festa, – Vamos logo! Trabalhamos muito para ganhar e tá na hora de comemorar. – Disse puxando-o em direção ao salão principal, onde ocorreria a festa. Meu coração estava acelerado e portava em meu rosto um deslumbrante sorriso, e sim, por incrível que pareça eu estava extremamente feliz. Respirei fundo e olhei nos olhos de Marc, – Pronto pra arrasar?– Perguntei adentrando no salão principal, a decoração estava deslumbrante e magnifica, de tirar o ar. A musica estava quase no último volume e a pista de dança lotada, – Ainda não acredito que fomos campões, esse ano foi tão disputado.– Murmurei puxando-o em direção a pista de dança. Marc resmungou algo sobre comer alguma coisa e eu como sempre, só ignorei e fiz o me deu na cabeça. Essa nossa relação de amizade era Bandida para o rapaz, que todas as vezes fazia minhas vontades. Não que meu sentimento por ele não fosse verdadeiro, mas realmente, eu era um pouco mimada por ele. Dançávamos como se não houvesse amanhã e assim ficamos por quase uma hora, até que meus pés começaram a formigar, afinal, estava de salto. Sorri meio sem jeito e gesticulei para que fossemos tomar alguma coisa, Marc não entendeu muito bem. Estava louca pra beber alguma coisa, então fui na direção da mesa de delicias. Peguei um pouco do suco de abobara e um doce que parecia ser de chocolate, fiquei observando as pessoas dançando enquanto tomava minha bebida e desfrutava do doce.

Enquanto tomava minha bebida surgiu Sophie ao meu lado, tomei um baita de um susto e acabei derrubando um pouco de suco no meu vestido. – Mas que merda!!– Gritei, chamando a atenção dos poucos que estavam mais próximo, Sophie nunca foi minha amiga, ela na verdade estava mais pra inimiga, desdo segundo ano a menina não me deixava em paz. Mas creio que não foi sua intenção sujar meu vestido, ela foi atrás de mim pra fazer alguma piadinha estupida. – Você tem um problema sério comigo...– Resmunguei tentado limpar, enquanto a menina tentava se desculpar sem perder a pose. – Eu não preciso do seu dinheiro, sua doente!– Elevei um pouco o tom de voz após a menina ter associado minha raiva com falta de dinheiro, ela sabia melhor que ninguém o motivo da minha raiva, mas não perderia a oportunidade de me deixar com mais raiva ainda. Não iria deixar ela sair numa boa com tudo, e como não sou fácil logo tratei de pegar em seu ponto franco. –  Sabe o que tu faz com esse teu dinheiro? Tenha comprar a copa das casas ano que vem!–  Disse dando um sorrisinho sínico para a menina. Agora, as feições da menina estava evidente sobre seu humor, antes que ela pudesse dizer algo, Marc chegou para tentar acalmar os ânimos.

Sophie sempre se fez de menina meiga na frente do Marc, mas desta vez ela perdeu a linha, após a minha risada descarada e exagerada sobre o que estava acontecendo, a menina se revoltou de vez. Pegando um copo de suco e jogando em minha direção e do rapaz, claro que eu não deixaria isso ficar assim. Em meio aos pedidos de calma de Marc, com o auxilio de minha varinha peguei o ponche que já estava na metade e joguei-o na menina, molhando-a completamente. – Vamos ver se assim apaga seu fogo.– Disse debochando da menina que estava ensopada. O rapaz já não sabia o que fazer no meio daquela situação toda e assim que a menina meio em minha direção cheia de ódio nos olhos o professor de DCAT apareceu para acabar com aquele show. Tentei me explicar mas o mesmo nem quis ouvir. O homem ordenou que nós três  fossemos para nossa comunais e caso voltássemos a festa naquela noite, ele trataria de expulsarmos. Não gostei muito da ideia de deixar a minha festa de campeã no meio mas sabia que o professor estava sendo muito bondoso, depois daquela cena toda. Então deixei o local acompanhada de Marc que agora começará a rir junto de mim, afinal, uma festa sem confusão não é uma boa festa.