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[MERCENÁRIOS] BRUNSWICHK, Zoë

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Mensagem por Zoë Lisbeth Brunswichk Ter 01 Dez 2015, 21:36

ZOË LISBETH BRUNSWICHK
Mercenária
Rosie Whiteley
-
HUMANA
ACADEMIA BEAUXBATONS
NOBLE

História do Personagem
Tudo o que um dia soube de sua existência era mentira. Que seus amigos não eram amigos de verdade, que sua própria cabeça nunca fora o que ela penava ser. Acreditava que fora criada para grandes coisas, mas a verdade era que sempre foi parte de um grande e monocromático tabuleiro de xadrez. Monocromático. Branco e preto. Assim como os cisnes que vagueiam por sua mente.

Zoë nasceu em uma família de sangue-puro que comumente casava seus próprios entes. Foi milagre que não houve nenhuma má-formação, já que seus pais eram primos de primeiro grau e a ciência moderna alertava sobre os perigos de mistura direta de DNA. Nasceu forte, saudável o quanto podia. Ao menos naquela época era assim.

Pateticamente normal foi sua infância até ir para a escola de magia francesa, onde pensou ter encontrado seu ser. Infelizmente para ela, logo nos primeiros dias a maldição de seu sangue começou a aflorar. A família pensava que tal coisa havia pulado gerações e rezavam para que houvesse pulado a dela. Mas a verdade veio à tona como um objeto não flutuante n'água. A coisa de ferro estígio que gelava suas veias como éter envidrado, que infelizmente não tinha cura. Zoë havia herdado a loucura, e os cisnes vieram junto, embora o mais negro dele se assemelhasse muito mais a um corvo do que a um cisne.

Custou a se formar academicamente, mas já era tarde para seu antro. Decidiu se especializar em pequenas coisas primeiro. Antes era uma pessoa comunicativa, mas quanto mais a loucura se agraciava de seu sangue, mais afastada da sociedade Zoë ficava. Até que não restou nada além de si mesma e de suas loucuras, como que era rainha de um castelo vermelho, como que pediram que fosse, que a clamaram rainha.

Ainda tenta descobrir a cor do reflexo das asas de um cisne negro.

Características Psicológicas
 Sua cabeça é cheia de engrenagens quebradas, mostrando o quanto pode ser desordenada. Curiosamente isso a faz ótima para trabalhos manuais, já que o manuseio de materiais a deixa calma e faz pensar em coisas sólidas. Uma parte de sua mente monocromática é controlada pelo negro, que é sedutor, um tanto quanto ousado e definitivamente apaixonante. O preto por si só já a faz brilhar como o céu noturno em um dia nublado.

E enquanto o preto faz com que pareça soturna, o branco preenche o espaço vazio com estrelas em forma de pensamentos, com lembranças felizes e com a esperança de que um dia tudo vai ficar bem. Gosta de relógios pela forma como se comportam e tem a estranha mania de falar com máquinas como se fossem seres humanos. Sabe disfarçar a loucura pelo simples fato de preferir não falar em público, a não ser sim ou não. Sem a fala, não conseguem descobrir o que se passa por sua cabeça.

É doce e amarga. Quente e fria. Branca e preta. E se de alguma forma conseguisse colocar em palavras todas as suas loucuras, seriam assombrações presas com tinta e papel.

Narração de Cargo
Matar seres humanos e seres míticos foi a forma que encontrou de fazer os monstros de sua cabeça calarem a boca, além de conversar com máquinas. Acabou aprendendo consigo mesma que a alma dos seres humanos mede apenas vinte e um gramas, então matá-los apenas os liberta da prisão corporal que sempre tivemos. Zoë sabe que, quando a contratam, a grande quantia em dinheiro não importa. O que importa é o seu aprendizado.

Seu preço já foi muitas coisas. Documentos, dinheiro, ensinamentos, livros, segredos... Barganhar com a moça é melhor do que escolher apenas contratá-la. Gosta de conhecer seus clientes, assim sente-se um pouco mais humana fazendo o que faz.

Há algo de muito belo em arrancar a alma de alguém. Vê-la deixando o brilho dos olhos deixa Zoë extasiada, embora não orgulhosa. O trabalho era arrancar o coração de um transeunte e levá-lo a uma taberna, coberto por uma fina camada de açúcar e envidrado em vidro vermelho. Não julgava. Já fizera estranhezas demais para julgar. E afinal, quanto mais inusitados os pedidos, mais próxima de seus clientes ela se sentia. Envidrar um coração em açúcar parecia o tipo de coisa que os cisnes criariam para ela em seus mais distantes sonhos.

Chegar foi fácil. Ácido, um caminho tortuoso de pedras e de sujeira que seus pés reclamavam ao criar bolhas pelo soalho dos sapatilhos. Era difícil caminhar com tanta gente em volta, e a multidão sempre deixou Zoë um tanto quanto aflita. Mas sabia das observações e sabia que seria assim. O coração envidrado estava bem preso às suas costas, onde não poderia ser visto de dentro da mochila acolchoada e de couro. Carregava um papel apergaminhado que dizia exatamente o que deveria fazer e como deveria entregar o coração, e a cada momento pensava que entregar um coração era uma frase que podia ser interpretada de maneira errada. Nunca amou. Nem mesmo amava aquele que pensava que amava. Desistiu de tudo quando descobriu a verdade sobre seu sangue. Porque nenhum ser humano valia à pena, nem mesmo ela, nem mesmo em seus devaneios mais felizes, quando eles aconteciam.

Soube que estava perto quando o cheiro pútrido de álcool e suor encheu suas narinas, fazendo com que ficasse imensamente surpresa. De todos os locais que tivera imaginado desde o momento de sua partida, aquele era o menos ruim. Apesar do cheiro estranho e de homens olharem para seu rosto e corpo de maneira que só olhariam para senhoras sem decência, a taberna não se parecia com um buraco para bêbados e vagabundos. Era um lugar simples, escurecido pelo uso apenas de velas e de madeira velha, mas acolhedor em seu grosso modo. Zoë rapidamente encontrou a mesa que fora indicada e se sentou, colocando o pote em cima da madeira podre e que rangia. Precisou esperar alguns segundos até que o curioso homem se aproximasse. Provavelmente já estava no local e a ouvira entrar.

Ele não disse nada. Era pequeno, velho e estranhamente avermelhado, Zoë supunha que por uma pele queimada de sol, já que seus olhos, absurdamente azuis, denunciavam um albinismo há muito esquecido por uma coloração de cabelo feita por tinta vagabunda. Olhou para o pote e Zoë apenas fez um sinal positivo. O velho enfiou as mãos nos bolsos de um jaleco negro surrado e tirou uma grossa quantidade de papéis dobrados, presos apenas por um fio de cetim. A mulher olhou para os papéis. Dentre dinheiro e documentos, havia ali algo de que precisava. A barganha tinha sido feita porque ela necessitava de algo surreal para a existência dos cisnes: o número de uma biblioteca antiga que poderia ter a explicação para a maldição de seu sangue. O velho tomou o pote para si e se levantou, levando consigo o que provavelmente seria seu jantar.

E Zoë saiu da taberna como sempre fazia depois de realizar um trabalho e receber o pagamento: com a cabeça baixa, sem expressão.
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Mensagem por The Holy Death Qui 03 Dez 2015, 02:28

FICHA ACEITA.
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