[MEIO-SEREIANO] Áxis Drac Hennet

 > O foco principal da minha família é a diversidade. Somos muitos irmãos de diferentes mães e unidos pelo sangue de apenas um homem, Sir Aurelius Drac Hennet. Um romântico inveterado, para não dizer safado. Enfim, por sermos muito diferentes há irmãos de casas diferentes, orientações sexuais diferentes, idades diferentes e até mesmo habilidades mágicas especiais hereditárias. É claro que alguém precisava completar esta "feira de diferenças" com uma raça a mais e o mais indicado certamente seria a de meio-sereiano. Primeiramente porque eu gostaria de algo herdado e não adquirido como o caso dos vampiros e lobisomens, mais uma vez ratificando a qualidade de "mães diferentes, heranças variadas". Em segundo lugar porque a minha aparência física não combinaria jamais com meio-gigantes e meio-veela. Não sou loira e nem altona, mas gosto dos animais em geral, principalmente os aquáticos. Não gosto de carne, amo vegetais e me sinto altamente tentada a dominar (ou tentar dominar) alguém pela minha bela voz... Respirar debaixo d'água é um sonho e enfim, meio-sereiano é uma raça que se encaixa perfeitamente à minha trama e minha necessidade, por isso espero consegui-la.  

 > Serena é a palavra ideal para definir a minha personalidade. Não sou eu que estou dizendo e sim o que todos ao meu redor costumam dizer. Eu nunca estouro com facilidade e isso às vezes irrita algumas pessoas, como minha melhor amiga Desiree. Sempre tento me moldar a todas as situações para não surtar, mas não pensem que sou idiota e boba. Por trás de toda a aparência frágil se esconde um tsunami que poucas pessoas já viram em ação (novamente Desi, olá querida. Beijos iluminados). Sei ser fria como um iceberg, mas também carinhosa quando preciso, principalmente com meus irmãos e irmã. Me identifico com eles desde os mais maternos, como o Ílio até os mais explosivos, como o Hálux. Há momentos para apascentar e há momentos para destruir.

 > Viemos até a Grã-Bretanha de trem logo que soubemos de todo o caos que aconteceu por aqui. Nos preocupamos demais com o estado de nossos parentes sim, mas o principal motivo da nossa vinda foi a escalação de nosso pai para assumir o cargo de Auror no Ministério da Magia Britânico. No caminho eu e meus irmãos estávamos envoltos em uma atmosfera de silêncio e dor. Como sempre, eu procurei abrigo nas águas, na quietude do mar. Recostada na vidraça de um trem comercial trouxa, observava o brilho do Sol sobre o Canal da Mancha e contava os minutos para chegar até nosso destino, o Castelo Phoenix, pertencente ao primo Luch e seus filhos. O local era magnífico, possuindo uma total abstenção de riscos, além de uma Estufa de Herbologia e um belo jardim, tudo a beira de um imenso e profundo Lago, meu verdadeiro alvo. Gabriela, cunhada de Luch e gêmea da sua falecida esposa foi quem nos recebeu na porta e começou a levar os pequenos para dentro. Meu pai, já sabendo de minhas necessidades, apenas bateu em meu ombro e foi falar com Gabriela. Eu, por minha vez, saltei da ponte de pedras diretamente no Lago, com roupa e tudo para o espanto da bela senhora. - Tudo bem, eu explico melhor lá dentro, vamos... - Disse meu pai para "Gabi", fechando a porta em seguida. Agora em total liberdade e contato com o curso d'água podia manipular uma corrente artificial ao meu redor para acelerar meu nado no fundo do Lago. Conversei profundamente com cada um dos peixes e outros seres que habitavam ali e ouvi histórias diversas felizes e tristes de uma família que vivia na superfície, mas andava chafurdando em lama de fundo há algum tempo. Terminada minha missão aqui, nadei rapidamente até a superfície e agitei os cabelos para retirar o peso do excesso de água. Fui até a árvore mais próxima e escalei para sentar em um galho e aproveitar de uma maçã fresca daquele pomar. Era o começo de um novo modo de viver. Era a chegada de uma sereia a Grã-Bretanha.