[MINISTERIAL] JINX M. CANCHESKI GRHAL

 > Toda história, não importa se é uma comédia romântica ou uma história de terror, sempre há um começo. A minha começa em uma certa cabana no Alaska onde meus pais para se aquecerem do frio decidem brincar um pouco. E então no dia 21 de julho do ano 2020 eu nasci, junto com meu gêmeos Alef e Ádamo. Vinda de uma linhagem de sangues-puros, sempre tive uma educação mais rigida, mas nem por isso tive uma infância triste. Meu pai sempre foi muito ausente, mas minha mãe sempre compensou a falta que sentiamos dele com seu carinho e atenção que são mais importante que qualquer riqueza. Ainda quando gêmeos éramos pequenos, alguns outros membros foram integrados na família que seriam nossos irmãos adotivos.
Aos onze anos ingressamos na Escola de Magia e Bruxaria Hogwarts onde tive meus melhores e piores dias. Foi lá que consegui meus melhores amigos e tive grandes aventuras com eles. Também foi lá que consegui adquirir uma habilidade tão rara como a Animagia junto com meu irmão Ádamo e também foi lá que consegui o cargo de Capitã de Quadribol, algo que me deixou muito orgulhosa mesmo que eu não tenha conseguido exercer tal função devido a uma gripe de dragão que eu contrai. Mas a males que vem para o bem, já que como presente pela minha recuperação ganhei um Amasso de presente. Foi assim que comecei a adquirir certo interesse que animais mágicos, além de ter um influência de minha mãe que lecionava sobre criaturas perigosas em Hogwarts. Mas mesmo tendo certo interesse não me aprofundei muito em estudo, já que sempre fui uma garota que não se esforçava muito. Foi apenas após o falecimento de meu pai quando tinha dezessete anos que fez com que acordasse para o mundo e pensasse em que tipo de futuro eu iria. Comecei a ler muito sobre criaturas mágicas, formas de domesticá-las e controlá-las, e descobri que havia uma infinidade de espécies que nem daria para aprender sobre todas em aulas e algumas eram tão perigosas que era impossivel vê-las. E meu interesse foi aumentando, tanto que quando comecei meu ultimo ano em Hogwarts já tinha a profissão que iria exercer em mente.

 > É dificil falar de minhas caracteristicas psicológicas pois quem realmente as vê não somos nós próprios, mas sim as pessoas que estão a nossa volta. Mas baseando-se no que geralmente escuto, sou uma garota forte e equilibrada emocionalmente. Sendo de pouca estatura e sem muita forma não me impede de lutar, principalmente se for para proteger alguém que amo. Mesmo tendo medo, tenho coragem, pois minha mente não me limita. Claro que não faço aquilo que é impossivel para mim, não sou louca o suficiente para dar minha vida de bandeja, mas não desisto antes de tentar. Sou anciosa, mas consigo manter a calma quando a situação pede para isso.

 > Era uma manhã como todas as outras. O sol havia nascido em sua forma mais brilhante, deixando o Ministério da Magia tão quente quanto o submundo. Estava sentada em uma das cadeiras da sala de divisão folheando tediosamente algumas informações sobre alguns animais que precisavam ser catalogados, mas confesso que aquilo me deixava um pouco mal-humorada. Fazia um tempo que não saia urgentemente em busca de algum animal que estava causando pânico em algum vilarejo ou cidade e estava sentindo falta disso. Sentia falta da ação. Por um lado era bom, pois era um sinal que as pessoas agora tinham um pouco mais de respeito pelas leis, mas ficar todos os dias trancada em uma sala catalogando animais já estava me dando dor de cabeça. 
Foi quando estava escrevendo algumas informações de Centauros em um registro que recebi o comunicado de que um comerciante estava dando trabalho e que eu tinha de ir resolver. Parece que ele está comercializando ovos de Acromântula. Levanto da cadeira em um só pulo e pego correndo a minha bolsa. Se ele tinha ovos de Acromântula, era possivel que ele tinha encontrado algum ninho por ai. Apesar de ser um animal muito perigoso, alguns comerciantes são capazes de arriscar o pescoço em busca de uma fonte de dinheiro. Excitada, vou até o elevador e após alguns minutos chego até o Átrio do Ministério. Com passos rápidos caminho até a rede de flu que me levaria até a travessa do tranco, local que se encontrava o tal comerciante. Escuto alguém me chamar, mas ignoro-a totalmente. Adentro uma das lareiras e pego um punhado de pó-de-flu na bolsa então em voz alta digo "travessa do tranco" e jogo o pó fazendo com que meu corpo fosse banhado com chamas verdes.
Encontro o tal comerciante não muito longe da Borgin & Burkes. Primeiro teria que verificar se o mesmo realmente estava comercializando ovos de Acromântula, por isso me vesti informalmente já que me passaria por um cliente em busca de um guarda para minha casa. Aproximo-me da sua loja e após dar um breve suspiro lhe digo com a voz rouca.
- Soube que o senhor tem algumas iguarias que me interessam muito. - O comerciante me olha dos pés a cabeça, como se estivesse verificando o quão rica era, e após um sorriso responde: - Olá senhorita, com certeza aqui encontrará o que procura! - Dou outro suspiro e começo a andar pela loja, vendo alguns dos artigos nojentos que tinham ali. Já tinha vindo inumeras vezes na Travessa do Tranco devido a alguma ocorrência, mas nunca me acostumava com as coisas que encontrava ali.
- Sabe, eu preciso de algo que possa me proteger... ou melhor, proteger a minha casa já que recentemente recebi alguns intrusos. Mas acho que não encontrarei nada aqui! Tudo parece inutil! - Olho então para o comerciante e noto que seu sorriso havia sumido. Será que havia sido descoberta? Mas ao invés de ele me expulsar da loja ele diminui o tom de sua voz e sussurra as poucas palavras: - Tenho algo perfeito! - Ergo uma sobrancelha e abro um sorriso, ele toma isso como uma aprovação e vai até seu estoque pegar aquilo que era "perfeito". Não demora muito e ele aparece com uma enorme caixa e dentro dela havia uma grande bola branca e macia. - É ovo de Acromântula e não demorará muito para eclodir. Com certeza te ajudará a guardar sua casa. - Diz o Comerciante em um tom conspiratório. Então esse idiota iria vender mesmo isso para mim, nem se importando de tirar a vida de uma dama linda como eu. Tsc, é por isso que odeio comerciantes. Lhe retribuo o sorriso e saco minha varinha dizendo o feitiço Levicorpus mentalmente antes que ele pudesse pegar sua varinha. Aproximo-me dele e pego sua varinha do seu bolso e digo:
- Agente Grhal, do Departamento de Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas. Você irá responder pela venda de um Artigo Não-Comerciável Classe A, mas para que sua punição seja um pouco mais leve nos diga onde conseguiu esses ovos. Encontrou algum ninho desse animal nas redondezas? - Pergunto para o homem que ainda estava pendurado pelos pés. Ele resmunga e após alguns minutos ponderando responde: - Não, não encontrei nenhum ninho.
- Então como conseguiu esse ovo? - Pergunto rapidamente.
- Com um comerciante da Russia!
- Qual o nome Comerciante?
- Mesmo que eu lhe diga não fará diferença, já que provavelmente é um nome falso! - Responde após uma tentativa fracassada de escapar.
- Deixa que eu preocupe com isso, agora diga seu nome! - Após alguns minutos em silêncio ele responde. Então realizo o feitiço estuporante para deixá-lo inconsciente e chamo os outros agente para me ajudar a levá-lo. Pego então a caixa com o ovo de Acromântula e dou um suspiro. Ainda teria um longo trabalho, pois ainda tinhamos de ir até os outros clientes que adquiriram os ovos, além de encontrar o Comerciante Ilegal Russo. Mas não iria reclamar, pois era ótimo poder sair da mesmice as vezes.