[MINISTERIAL] YONA AYAZAWA

 > Sou Yona Ayazawa, sou de decendência Japonesa e Coreana. Nasci no dia trinta de Julho do ano 2004 em Osaka, Japão. A vida em Osaka era difícil e por isso meus pais, que eram trouxas, decidem se mudar para Tóquio quando eu tinha oito anos de idade. Foi nessa mesma época que coisas estranhas começaram a acontecer comigo e meus pais me levavam sempre nos templos para rezar por mim. Mas o que acontecia comigo não era uma enfermidade ou porque estava sob influência de um Youkai (espiritos demoniacos), mas só descobriram o que era quando recebi a carta de Hogwarts quando tinha onze anos. É claro que foi uma surpresa um tanto assustadora para eles descobrir que sua unica filha era uma bruxa, mas era melhor isso do que ter que a entregar em uma sessão de exorcismo. 
Com onze anos já sabia falar inglês então foi fácil ingressar em uma escola que usava esse idioma, apesar de que ao me atrapalhar com algumas palavras e não conseguir deixar o sotaque de lado acabava por muitas vezes não ser entendida. Em Hogwarts não teve muita coisa diferente. Entrei para a casa Corvinal e passei meus sete anos estudando arduamente. Achava que os Japoneses eram os únicos que amavam estudar ao ponto de tornar o estudo em uma espécie de hobbie, mas estava enganada. Na minha casa havia vários alunos que pensavam igual a mim, mostrando assim que o conceito no mundo trouxa era completamente errada. Enfim, enquanto estava em Hogwarts, meus pais abriram um dojo de Kendo e Aikido em Tóquio que ao longo dos anos foi ganhando prestígio e se tornando uma das melhores da capital, fazendo com que nossa situação financeira ficasse muito melhor. Durante as férias escolares costumava treinar no dojo e após me formar me especializei em Kenjutsu, onde consegui também combinar festiços com a técnica rápida da espada. No mundo bruxo não é muito comum ver alguém lutar com espada e isso muitas vezes não foi visto com bons olhos, inclusive quando fui fazer o teste para entrar no Ministério da Magia, mas antes de ser uma bruxa com habilidades em feitiços, poções e transfigurações, eu era uma simples filha de pais trouxas. E como um dever, tinha de levar seu legado, mesmo que na profissão que me especializei não era preciso usar uma espada, já que ficava escondida. Mas era sempre bom ter técnicas que ninguém utiliza, principalmente em tempos obscuros.

 > Aikido significa "O caminho do espírito harmonioso". Consiste em você analisar calmamente os movimentos de seu oponente, para então o poder atacar no tempo e posição exata. Por dominar essa técnica, acabei por adquirindo algumas características psicológicas. Como por exemplo nunca agir precipitadamente. Fazer as coisas sem antes pensar nas consequências ou se há alguma outra alternativa não é o que costumo fazer. É claro que por ter como hábito estudar, adquiri uma memória quase que fotográfica e também pensamentos rápidos, por isso mesmo tendo de analisar corretamente as coisas não faz com que demore para agir. Sou imparcial e justa, nunca levando em conta sentimentos ao julgar alguém. Apesar de ser séria, não deixo de me divertir nas horas certas. Resumindo: Atenciosa, calma, imparcial, concentrada... essas são minhas principais características.

 > Estava nevando em Londres naquela noite, mas o mal tempo não impede ninguém de cometer um crime. Uma menina trouxa morta foi encontrada em uma das ruas na Charing Cross. Trouxa morta em uma rua trouxa, seria um homicídio a ser investigado por qualquer Forense trouxa se não fosse pelo fato de havíamos recebido registro de magia sendo utilizada no local. Além disso, não havia nada no local, nem marcas de sangue, nem sinais de arrombamentos e no corpo, não havia sinais de estrangulamento e nem marcas de violência. O que quer que tenha matado essa garota, não podia ser encontrado por uma autopsia trouxa. Aquilo era magia negra e pelos olhos vidrados era a maldição imperdoável da morte. Essa menina não sentiu nada ao morrer, simplesmente seu coração parou então só podia ser o Avada Kedrava. O que era mais dificil agora era descobrir que lançara tal maldição. Como no local não havia qualquer rastro dessa pessoa por causa da neve, o unico jeito era pedir ajuda para os demais Inomináveis. Por isso caminho rapidamente pelo corredor escuro do nivel 9 com uma caixa negra em mãos e vou em direção a sala de cérebros. Encontro o Inominável responsável por essa sala inclinado sobre um frascos contendo um liquido verde assim como o enorme tanque logo atrás. Dentro do frasco havia um cérebro.
- Olá Inominável, trouxe um presentinho para você. - O Inominável desgruda seus olhos do frasco e olha para mim. Abre um sorriso e responde animado:
- O que é isso? - Pergunta. Ele pega a caixa e a abre. Então abre um sorriso ao ver seu conteúdo. 
- Uma garota trouxa foi morta por Avada Kedavra aos arredores de Charing Cross. Agora precisamos achar o assassino. Não há nenhum rastro da pessoa no local, por isso quero que use Legilemência no cérebro dela. - O Inominável abre mais amplamente seu sorriso e concorda animadamente com a cabeça. Sempre foi dificil conviver com uma pessoa que ama analisar cérebros. Solto um suspiro e passo a mão pelos cabelos.
- Certo! Se conseguir ver após usar Legilemencia nesse cérebro qualquer coisa que seja do Assassino, coloque no relatório e me entrega. E verifique tudo nessas lembranças, qualquer detalhe é muito importante nessa investigação. - A Legilemência nem sempre trazia bons resultados, pois muitas vezes o culpado nunca aparece no campo de visão da vítima, mas sempre era a nossa primeira opção. Se não conseguirmos por esse método haviam outros métodos mais difíceis como viagens no tempo, mas linhas temporais era um campo muito arriscado, por isso sempre deixamos para últimos casos.
Estava olhando fixamente para as fotos do local onde ocorrera o crime quando o Inominável da sala dos cérebros entra correndo na minha sala com alguns papéis em sua mão. Poderia ser um pessoa excêntrica, mas era muito bom no que fazia.
- Conseguiu alguma coisa? - Perguntei calmamente.
- Sim. Não deu para ver o rosto dele nitidamente por causa da neve, mas uma coisa chamou minha atenção.
- E o que é? - Pergunto me levantando da cadeira. Conseguir alguma coisa com Legilemência era quase um milagre nesses casos.
- Uma tatuagem abaixo do olho esquerdo. - Responde o Inominável e me entrega o seu relatório. Nele continha um desenho da tatuagem. Franzo a sobrancelha e teclo em algumas letras no teclado do computador. Uma imagem de um cara que havia uma vez sido interrogado por danos causados a sociedade trouxa apareceu na tel. Ao que parecia havia sido recém libertado de Azkaban e estava morando próximo ao local que havia sido encontrado o corpo. Logo abaixo do seu olho esquerdo havia uma tatuagem semelhante a do desenho do Inominável dos cérebros. Abro um sorriso. 
- Já viu essa tatuagem srta.? - Pergunta o Inominável. Olho para ele e digo:
- Já, conheci um cara que uma vez fora interrogado aqui no Ministério que tinha uma igual. Isso não é o suficiente para prendê-lo, mas sim para investigar a casa dele e o interrogar. Vou entregar esse relatório para o Chefe junto com descrição do suspeito que tem no nosso banco de dados para que possam mandar Agentes na casa desse cara. Obrigado Inominável, se tudo der certo seremos capazes de prender esse cara antes mesmo do fim de semana. - Abro então um sorriso. Não era uma excêntrica que ama analisar cérebros, mas amava trazer justiça. Para mim achar o culpado era muito excitante.