Re: Setor da Artilharia
"Há tantas coisas que eu não compreendo. Há um mundo dentro de mim que eu não consigo explicar. Muitas salas para explorar, mas as portas parecem as mesmas." Era encantador como as letras das músicas conseguiam refletir nosso interior, alguns dos sentimentos mais profundos que, muitas vezes, preferimos esconder. Nebula sempre se perguntava quem era, onde ela deveria estar, se aquele era realmente o seu lugar, e o porque ainda estava viva. A mesma tinha certeza de que cada ser humano tinha um propósito em sua vida, mas infelizmente, após tantos anos, não conseguiu descobrir o seu. As teclas do piano desciam e subiam em sua mente, deixando a melodia fluir de forma suave. Ela fechou os olhos, respirou fundo, inclinou a cabeça para trás e depois a movimentou em círculos. Um passo para frente, outro para trás, um giro, uma parada. Segurava os sapatos nas mãos, andando na ponta dos dedos em direção ao setor de atilharia. Deu três batidas na porta, aproximou o rosto do vidro aredondado, mas não conseguiu enxergar o auror responsável pelo local. Entortou os lábios, empurrou a porta lentamente e adentrou ao local. Pigarreou, umedeceu os lábios e deu mais alguns passos para frente. Arqueou a sobrancelha esquerda, cerrou os dentes e franziu o cenho. O setor estava aparentemente vazio. -Senhor Bouguereau? Ellesméra? Cross...? - deixou que o último nome saísse como um sussurro. Balançou a cabeça negativamente, ajeitou o blazer negro e olhou para o símbolo do Ministério da Magia Britânico estampado em seu peito esquerdo. Não vestiria as roupas de cor creme, detestava aquela cor. Respirou fundo, virou-se de costas para os balcões e o grande forno do local. Revirou os olhos, mordiscou o lábio inferior e saiu do setor, logo cumprimentando um dos aurores que passava por ela, saindo da sede. |
Audrey G. R. Silthrim
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