Altar "Saphira"

por **The Holy Death** Sex 29 Ago 2014, 22:20

Altar "Saphira"

Estátua da antiga Lady das Trevas, criada por Dionisio Howard. O altar é feito a diamantes e a estátua da Lady escupida em pérolas sedimentadas negras. Ao redor, plantas carnívoras se alimentam dos animais e ao pé da estátua uma varinha negra fica posta.

por Augustus O. Howard Qua 04 Fev 2015, 20:42

Fazia alguns dias que visitei Joanne, no hospital, não acabou por demorar eu já estava voltando pra casa, a vida de sempre, naquele local que eu tão bem conhecia. Depois de passar na cozinha pegar algumas frustas frescas, como de costume, fui comer as mesmas no meu local preferido no exterior da nossa casa.

Apoiei a cesta no chão e coloquei todas as frutas no altar, sentei em um banco próximo e fiquei a observar a estatua, não demorou muito e notei passos as minhas costas. Peguei uma das frutas e comecei a comer.

por Convidado Qui 05 Fev 2015, 20:50

Aparatei no átrio de entrada da mansão Howard. O local estava quieto, não havia nenhum sinal de vida por ali. Todas as portas que davam acesso a parte interna da casa estavam abertas, sinal de que havia alguém em casa, Dionísio talvez. Caminhava em pequenos passos em direção a uma das portas, hesitei, parando a poucos centímetros de distância. Lembrei-me de Astrid. Não estava preparada para entrar ali sem ela, muito menos preparada para ouvir os insultos de Dionísio, dos quais eu tenho certeza que ele não iria me poupar. Recuei alguns passos para trás, talvez fosse melhor dar uma volta pela parte externa da casa antes de entrar.

Acendi um cigarro, colocando-o entre os lábios enquanto caminhava distraída, pisando nas folhas secas que cobriam o chão. Expeli a fumaça, vendo-a misturar-se ao vento e desaparecer. A distância de alguns centímetros vi um vulto se mover próximo a estátua da Lady. Peguei minha varinha, colocando-a nas costas, e me aproximei em passos cautelosos, podendo finalmente ver a imagem de uma criança com uma cesta. Um garoto. O garoto parecia ser inofensivo, mas eu não o conhecia. Parei atrás do garoto, mirando a varinha em sua cabeça.
– Quem é você?

por Dionisio R. Howard Qui 05 Fev 2015, 21:35

I Feel Pretty

As botas negras então esmagaram a grama da mansão enquanto o homem observava a maçã vermelha que segurava enquanto afastava um dos dreads do rosto. Elevava a maçã para o céu enquanto andava com o braço arqueado, jurava que ali havia visto um sinal dos astros e ainda durava a entender. Teria visto ele o Alquimista? Ou o Sinistro?
As fortes correntes vindas do meio do oceano faziam-o bater os olhos incessantemente, porém Dionisio não largara aquela maçã durante toda a manhã e sequer almoçou. Quando um vulto tomou sua atenção e o fez ter noção do tempo e espaço.
Olhou para onde estava e deu conta que a última vez que averiguara o espaço, estava na sala de jantar ( do outro lado da casa). Rosnou de raiva ao perceber que tinha perdido suas horas de observação e adiantou-se em direção à estátua da Lady.- Dá licença, mas tem gente que estuda mágica nessa casa...- Dionisio então parou e observou. Encontrou próximo a estátua seu filho Augustus, um bastardo que Dio gostava apesar de não querer transpassar, e ao seu lado aquela ingrata. Aquela mulher que o mercenário havia criado durante anos e que desaparecera sem sequer dar um xau. Dionisio rosnou feito um cão.- Augustus, já para cá.

por Augustus O. Howard Qui 05 Fev 2015, 22:09

Terminei de comer uma maça e cruzei as pernas, como meu pai costumava fazer ao ler o profeta diário. Peguei rapidamente outra maça, pois aquelas estavam suculentas, bem vermelhas, o que era engraçado, os pensamentos estavam invadindo minha cabeça, enquanto comia estudava historia da magia, mais especificamente a historia da minha família. Meu professor de Historia havia ordenado que eu a estudasse, mesmo que já estivesse a tempos tudo sobre minha linhagem da ponta da língua, eu gostava do tema. Virei outra pagina de um livro grosso quando senti algo encostar na minha cabeça. A ponta de uma varinha. Não entrei em panico, havia tantos seguranças protegendo os Howard que não passaria nem sequer um átomo indesejado pelo portão, talvez devesse revisar esse conceito, já que eu mesmo estava aqui. Minha mente formulou em segundos uma lista: "A - É um familiar que não me conhece ou que quer me pregar uma peça. B - É alguém estupido o bastante para tentar me sequestrar na casa do meu pai. Ou C - Alguém que quer se vingar do meu pai, matando sua cria, aparentemente indefesa, sem saber que pode virar jantar de leão."

- Quem é você? - "Bingo! Alternativa A". A voz de uma mulher ressoou nos meu ouvidos e a varinha foi pressionada contra a minha testa, deveras mais forte. Estava prestes a responder algo do tipo: "O Grande lobo mal", no meu costumeiro tom irônico, quando escutei a voz do único homem que temi na vida, apesar de não ter nenhum motivo aparente para o temer, estava mais classificado como grande respeito, do que medo, apesar... "MUITOS APESARES AUGUSTUS, FOCO NESSA MENTE HIPERATIVA!" - Augustus! Já para cá! - Sem nem sequer temer algo, abaixei a varinha da mulher, nem parei para olhar quem era, me dirigi para ao lado do meu pai e o fitei, fazendo uma pequena reverencia. Me postei ao lado do homem e finalmente parei para tentar reconhecer a mulher: - A questão é, quem é você? - Falei com um sorriso irônico. - Ah sim, você é alguém, alguém no minimo conhecido, ainda está viva, pela cara com que olham um para o outro, apostaria minha cesta de frutas que é um familiar. -

por Convidado Qui 05 Fev 2015, 22:42

Continuei ali, pressionando a varinha contra a cabeça do garoto, que permaneceu sem dizer uma palavra sequer. Um breve suspiro escapou entre meus lábios.
- Eu... - Afastei a varinha da cabeça do garoto quando ouvi passos atrás de mim. Olhei por cima dos ombros, enxergando um par de coturnos negros e em seguida a voz grave. Dionísio. Com certeza aquele não havia sido o tipo de encontro que eu tinha em mente. Mesmo sem ter analisado a expressão de Dionísio sabia que a minha presença havia se tornado desagradável naquela casa, pelo menos para ele.
O garoto se levantou, indo para o lado de meu tio, como o mesmo havia o ordenado. Permaneci de costas, com um sorriso irônico nos lábios, ouvindo o garoto.
- Então não falam de mim nesta casa? - Levantei uma das sobrancelhas - Dionísio já prezou mais a família.
Guardei a varinha dentro do casaco, me virando para encarar Dionísio.
-Tio... - Sussurrei.

por Tiffany Ray Howard Sex 06 Fev 2015, 01:15

Tiffany andava em passos calmos, andar pela casa nunca é ruim, aquelas férias estavam sendo realmente entediantes, iria pedir para seu pai se poderia ir na festa da piscina que estava tendo, mas logo mudou de ideia, não conhecia ninguém lá e nunca foi bem vinda em lugar nenhum, as pessoas a julgavam muito e ela com o tempo aprendeu a entender isso, seus cabelos da cor rosa, chegava a ser irônico, não combinava nenhum pouco com a garota, mas ela se sentia bem com os cabelos sempre coloridos, vez ou outra deixava da cor natural, que era o loiro, mas o colorido a chamava a atenção.

Ela ouviu vozes perto da estatua da Lady, ela se perguntava o motivo de eles terem uma estatua da lady das trevas, só podia ser coisa da casa de seu pai, quando viu Dionísio, Augustus e uma mulher estranha conversando, estranhou muito um movimento da mulher, parecia guardar algo... Escondendo na verdade, dentro do casaco.

—O que está escondendo no casaco?—Tiffany perguntou, a voz dela era baixa e um pouco meiga demais, o que a irritava fortemente, mas não poderia fazer muita coisa, foi para trás da mulher, cruzando os braços e franzindo a testa, com uma sobrancelha levantada, deixando clara sua expressão de desconfiança.

por Dionisio R. Howard Seg 09 Fev 2015, 02:03

I Feel Pretty

Dionisio observava Sophie enquanto Augustus se dirigia em direção ao mesmo. O velho mercenário sorriu para o bastardo, ele que aproveitasse, o Howard hoje estava de bom humor. - Augustus, não fale quando não for chamado na conversa. Você não é ninguém para interrogar assim a Sophie, então queito.- Dionisio fitou Augustus novamente mas com um olhar sombrio e de repreensão. Odiava soberba e aquele modo em que o garoto persistia em agir, ah, aquilo irritava o Howard.
Mas não irritava mais do que a voz daquela ingrata que ecoava em seu ouvido. Dionisio rosnou e segurou-se para não lhe tacar uma adaga mas se virou em um avanço. Estava decidido a dar um basta naquela garota quando Tiffany, sua filha, apareceu. Dionisio espantou-se a olhar para a garota e entrou num sonho dramático.
Lembrava-se de sua sobrinha quando tinha aquela idade, de fato sua única filha ( considerando que Tiffany havia chegado a pouco tempo e Amy não ligava para o pai). Lembrava de como ela era bela, engraçada e aprontava. Lembrava da sua gatinha e das repreensões de Mischa. De seus namoricos e daquela tarde em Hogwarts em que ela pareceu tão triste. A última vez que Dionisio serviu como um pai para Sophie...
"Demetrius jamais será tão pai dela, quanto você é.", afirmava Mischa enquanto Dionisio entrava em casa com uma rachadura na testa, após se meter numa briga no parque por causa da sobrinha.
Mas que merda estava acontecendo? Dionisio balançou a cabeça acordando daquele transe e então deu duas batidas no ombro de Augustus.- Espero que ainda esteja com fome...- Disse ao garoto sorrindo. E virou-se para Sophie enquanto abria o seu cantil de bebida feito a metal e largava a maçã no chão.- Fica para o jantar?- Disse sério, mas não severo. Tomou um gole da bebida e então olhou para a garota.
Estava tão bela, bela igual a sua bisavó... A semelhança da mesma com Tiffany era estonteante.- Tiffany,Augustus, espero que conheçam sua prima, Sophie. Agora vamos entrar, a maré está subindo e vai ficar ainda mais frio aqui.
Dionisio abraçou seu dois filhos e olhou para Sophie.- Não vem?.
Imaginava que aqueles presentes poderiam estar estranhando sua reação, mas algo havia acordado um espírito paterno ausente no homem a anos. O que ele mais queria, agora, era passar um tempo com sua cria. Era férias.

por Augustus O. Howard Seg 09 Fev 2015, 13:59

Eu só queria comer umas frutas em paz e então BUM, reunião de família. Eu sabia quem era Sophie, não sabia muito mais o que havia escutado naquela casa durante os anos, nem muito mais o que estavam nos registros, mas sabia coisa ou outra. A conversa se estendeu por mais algum tempo, eu fui ordenado para ficar quieto e assim o fiz. Finalmente ele me dirigiu a palavra. - Espero que ainda esteja com fome... - Durante uns três segundos meu corpo se encheu de calor, um sorriso do meu pai, dirigido a mim, é uma coisa realmente rara. Não durou muito, eu mesmo me cortei, como aquela brisa gélida que vinha carregada pelo mar. "Não se anime, seu idiota, ele não está feliz por sua causa, ele nunca fica feliz por sua causa.", pensei. Eu poderia me negar a esse carinho, se eu pudesse chamar assim, esse bocado de instinto paterno, mas não fiz. Abracei meu pai e sorri, mesmo que grande parte de mim não desejasse isso, eu não pude evitar. Se meu pai está estressado, a culpa é minha, se meu pai está bravo, a culpa é minha, agora se ele acorda com um pouco de paternidade, a culpa pode ser de qualquer um, menos de mim, então eu preferia simplesmente me afastar, ser o bastardo a milhões de quilômetros dessa família, mas tinha tanta coisa que me prendia ali, pra começar o sangue. Eu entrei em uma espécie de piloto automático, preso nos mais distintos pensamentos.

por Tiffany Ray Howard Ter 10 Fev 2015, 00:04

Tiffany não sabia o que falar, seu pai parecia em outro mundo, de um jeito até meio encantado, como se estivesse tendo um flashback de coisas boas, ela nunca iria entender o que se passava pela mente de seu pai, mas não podia deixar de dizer que ficou feliz ao vê-lo daquele jeito, parecia amável, algo tinha despertado o lado paterno dele, algo que até o momento, ela não sabia com toda certeza que existia.
Ela deu um sorriso fraco e abaixou levemente a cabeça, acompanhando Augustus e seu pai para dentro da casa, ela não sentia fome, estava em um modo estranho, queria fazer como Augustus e abraça-lo, mas não faria aquilo, a garota não conseguia se ver abraçando o pai de um modo carinhoso e sabia que aquilo não iria durar muito, ela suspirou e caminhou para dentro da casa.

Não pode deixar de ver os traços da mulher, ela era bela com um rosto delicado, cabelos negros bem parecidos com o de Dionísio, viu alguns traços de si mesma, aquilo era realmente estranho, mas é família, tudo com o mesmo sangue, dificilmente saia com traços diferentes uns dos outros. Tiffany colocou as mãos nos bolsos da jaqueta que vestia e voltou a caminhar em direção a casa, mas quem havia feito a janta?Tinha certeza que não havia sido seu pai, mas deu de ombros e apertou o botão foda-se, já ouvia seu estomago roncando baixinho, a fazendo dar uma risada baixa, mas breve.

por Convidado Ter 10 Fev 2015, 00:59

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[size=54]Permaneci ali, parada, enquanto ouvia Dionísio repreender o garoto sobre me questionar. O tempo podia ter passado, mas Dionísio não havia mudado, a voz firme e o olhar severo que ele lançou ao garoto, por um momento, me fez lembrar de mim mesma quando era mais nova, no dia em que quebrei a pata de minha gata enquanto praticava feitiços. Eu nunca escapava das broncas, mesmo que a culpa fosse da Astrid sempre acabava sobrando para mim. Quando seu olhar se voltou para mim jurei ter visto uma sombra de fúria tomar conta do castanho de seus olhos.[/size]
[size=54]Ouvi uma voz atrás de mim, uma voz irreconhecível, que soou como um zumbido em meus ouvidos. Virei-me, podendo finalmente enxergar a criatura atrás de mim. Uma garota, provavelmente mais uma cria de Dionísio. Fitei a garota por um momento, perdendo-me novamente em devaneios passados. A garota, de certa forma, me fez lembrar de Astrid, os olhos talvez ou o cabelo colorido, Astrid sempre quis um pintar, mas tia Mischa não permitiu.[/size]
[size=54]-Cabelo legal, guria. - Sorri, tentando parecer gentil diante daquela situação desagradável.[/size]
[size=54]Olhei para Dionísio novamente enquanto o ouvia falar. Admito que não esperava ser convidada nem ao menos para entrar, mas diante da proposta é claro que não recusaria. Afinal os pratos que o caldeirão furado oferece ficam piores a cada dia que se passa.[/size]
[size=54]-Ah, sim. - E pela primeira vez me senti a vontade para sorrir para Dionísio, embora não esperasse dele o mesmo. [/size]
[size=54]Caminhei em passos lentos atrás de Dionísio, que estava a minha frente com os filhos, seguindo para dentro da mansão. [/size]

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