Sala do Chefe do Departamento de Execução das Leis da Magia

❝Serviço e mais serviço aquele Ministério estava me tirando do sério. Eu tinha tanta coisa para resolver, tanta papelada para tentar despachar ate o final de semana, mas parecia impossível, teria que ficar hoje fazendo hora extra novamente, aquela rotina estava me cansando e eu estava simplesmente esgotada, muita coisa havia mudado na minha vida em muito pouco tempo e muitas dessas mudanças vinham com consequências gravíssimas, aquela semana eu tinha assinado as papeladas do divorcio junto com o Dionísio e aquilo foi bastante desgastante além de suas ameaças foi mais estranho que o normal sair daquela casa, porque querendo ou não  já estava acostumada com aquilo e principalmente com os meus antigos enteados, apesar de sempre ficar sozinha em casa aquilo lá iria me fazer falta. Outra mudança foi em meu relacionamento com Chace agora estávamos mais sérios, eu já conhecia as filhas dele e bom apesar de ter causado uma boa impressão eu não fui muito bem recebida por uma das filhas dele, e aquilo me causava tristeza e muita vontade de melhorar, tentaria de alguma forma ganhar a confiança das meninas, pensaria naquilo mais tarde. Finalmente havia colocado a papelada em dia e decidi fazer uma visitinha a meu adorado companheiro, havia duas noites que não nos víamos devido a complicações no trabalho e bom, já estava morrendo de saudade dele, desde que nos encontramos pela primeira vez quase nunca nos desgrudávamos, e aquilo era bom, ele me fazia esquecer de todos os meus problemas e me fazia feliz. Soltei meus cabelos que estavam presos em rabo de cavalo ajeitei sobre meus ombros e fui até o elevador, e fui cumprimentada por alguns funcionários, acenei e respondi um singelo boa tarde, o elevador estava cheio como sempre, minha parada era no nível dois! O corredor estava cheio, alguns servidores me acenavam com a cabeça, e eu respondia com um sorriso, a maioria ali agia com desdém e falsidade, o que era típico no Ministério, a porta da sala do Chace estava fechada, bati duas vezes e entrei ele estava concentrado com alguns papeis – Ei. Disse baixo mais audível, e suas atenções se direcionaram a mim que continuava na soleira da porta. – Posso entrar? Ou estou atrapalhando algo? Com a resposta permissiva, fechei a porta atrás de mim e caminhei até a sua meda que estava repleta de papeis – Vejo que não é só eu que tenho trabalho, pensei que a vida aqui era moleza. Dei uma gargalhada enquanto dava um leve e rápido beijo em seus lábios me apoiando depois na mesa. – Estava com saudades,  não nos vemos a uns dois dias, pode parecer pouco, mas para mim é tempo suficiente. esbocei um sorrisinho – E preciso pensar em uma forma de agradar as suas filhas, enquanto dizia caminhei para o canto oposto da sala ficando de costas para ele,  - Elas não gostaram muito e mim, e bom isso é importante para mim, a aceitação delas! Queria que as meninas gostassem de mim queria me dar bem com todos os filhos do Chace, e eu tentaria fazer de tudo para melhorar aquela situação.❞

❝ Sentado em minha poltrona no escritório, analisava muitos documentos e relatórios. Eram muitos processos parados a espera para serem julgados. Particulamente não estava muito animado com aquela situação, e para conter o estresse do momento, caminhei de um lado para outro na sala por algum tempo pensando na vida. Minha vida, vida qual, atualmente se dividi em duas partes, pessoal que havia mudado por completo graças a Carmen, a linda morena que roubou meu coração, e a vida profissional que de alguma forma havia dado um salto extremo ao assumir aquele departamento. Me servi uma dose de whisky enquanto retornava a analisar os processos e relátorios, quando escutei duas batidas a porta e uma voz doce e famíliar que pairou sobre o local. Era ela, Carmen. - Oi, querida.- Ergui o olhar fitando a mulher na porta. - Pode não, deve! - Sorri, observando-a se aproximar, enquanto esta fazia um divertido comentário sobre o trabalho. - Moleza? Acredite esse setor e o mais problemático de todos.. - Sibilei, esboçando uma curta gargalhada em seguida, retribuindo o beijo. - Mas enfim, também senti saudades.. - Levantei-me e apoiei as mãos sobre a mesa, fitando-a com um sorriso. - Não, não precisa agradar minhas filhas, elas tem de entender que estamos juntos e pronto. - Murmurei, observando-a se afastar. Então caminhei até ela parando por trás da mesma; pousando as mãos sobre sua cintura e guiei os lábios a seu pescoço, depositando alguns beijos neste. - Mikaela gostou muito de você, e tenho certeza que o Kairos também vai gostar.. - Suspirei, virando-a de frente para mim. - Só tenha paciência com a Maureen, ela sempre foi muito ciumenta. E acha que você vai tomar o lugar da mãe, você sabe.. Coisas de adolescentes.. - Aproximei meu lábios dos seus, dando-lhe um beijo. Um pouco desconfortável com aquela situação das meninas para com ela, afinal não quero vê-la triste, ou melhor dizendo, e nem irei. Por fim, pretendendo resolver aquela situação o mais breve possível.
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❝Meu romance com o Chace me deixava feliz e receosa ao mesmo tempo, eu sabia que o amava e estava disposta a largar tudo para ficar ao lado dele e de seus filhos, mas por outro lado a aceitação das meninas era importante para mim visto que nós teríamos que conviver, e eu queria que fossem interessantes para ambas as partes, apesar de saber o quanto é difícil para eles verem uma mulher tentando ocupar o lugar que sempre pertenceu a mãe, queria que eles entendessem que aquele não era o meu proposito, eu jamais iria ocupar o lugar da mãe deles, muito pelo contrario. – Ah a Mika é um anjo, compreensiva e amável, percebi o quanto ela ficou feliz e surpresa por estarmos juntos. Realmente aquele dia na sorveteria deu para perceber que ela havia gostado de mim, e aquilo me trazia um pouco mais de alivio porque era um dos  três pontos ganhos, já Maureen continuava irredutível, não conseguia me aproxima, e quando eu fazia isso recuava dois passos depois, e aquilo me deixava muito magoada, porque eu não sabia mais o que tentar para me aproximar da garota – Eu entendo querido, já tive a idade delas, e sei o que é ver alguém se aproximando do meu pai e não poder fazer nada, eu ainda não desisti dela, um dia ela ainda vai gostar de mim e me considerar uma amiga, prometo.  O mais estranho daquilo tudo era o filho de Chace eu ainda não tive a oportunidade de conhecê-lo e bem, não sabia quais medidas tomar com ele, sabia que era um rapaz um tanto diferente. – Estou tão ansiosa para conhecer o seu filho, ele deve ter puxado o pai.
O toque de Chace me dava um pouco mais de esperança com aquela situação toda, me passava segurança e animo, definitivamente era com ele que eu queria estar! – Eu gosto tanto de estar com você. E passaria o resto de minha vida em seus braços se eu pudesse, disse retribuindo o beijo de segundos atrás, agora com mais fervor. –Eu sei o quanto essa situação é difícil para a gente mas vamos conseguir contorna-la e seremos uma família feliz. Era tudo que eu mais queria ser feliz de verdade sem sentir medo de alguma coisa acontecer, Chace me dava essa oportunidade, mas eu sabia que ele escondia algo de mim, só não sabia ao certo o que era, e não queria força-lo a me contar, com o tempo certo ele faria aquilo. – No nosso ultimo jantar você disse que tinha uma surpresa para mim, mas não terminou de falar. Fiquei ansiosa meu amor. Quando irá me contar? Eu não tinha nenhuma suspeita do que era, e por mais que eu tivesse pensado naquilo por dois dias nada me vinha a imaginação.
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❝ De fato Mikaela havia ficado muito feliz ao saber do meu relacionamento com Carmen, o que me deixou um tanto aliviado já que a mesma sempre foi a mais apegada a mãe, cheguei até a pensar que ela não iria reagir bem a notícia, mas por sorte estava errado. Ela se mostrou tão amável e compreensível quanto antes, quando era apenas uma criancinha de cinco anos. - Sim ela é um anjo, sempre foi compreensível.. Minha princesinha..- Já Maureen por outro lado, se mostrava a mesma geniosa de sempre. Mas sabia que sua resistência era temporaria, era apenas um meio de tentar defender a memória de Ellen. Logo iria ceder e me apoiar em minhas escolhas como sempre fez. - Tenho certeza que a Mau vai gostar de você, deixa só ela te conhecer melhor e ver o quão perfeita é.. - Sorri, dando-lhe um selinho. E então o assunto chegou a um ponto um tanto delicado - literalmente - Kairos, e confesso que as palavras de Carmen quase me arracaram um grande gargalhada. Kairos parecido comigo, só na aparência, talvez nem nisso, afinal o garoto sempre foi um tanto peculiar em seu modo de agir - claro - que isso para não defini-lo como estranho. Sempre gostou de coisas de meninas e as vezes chegava até a agir como uma, não que tivesse vergonha dele, mas em alguns momentos o constragimento fala mais alto, enfim, apesar disso é meu filho e o amo. Mesmo que as vezes deseje arrancar sua língua. - Só na aparência, querida.. Na aparência.. - Retirei um lenço do bolso o passando sobre algumas gotas de suor que surgiam em minha testa, e esbocei um lento suspiro. Em seguida, tornando a da-lhe outro selinho. - E você pode.. - Sorri, dando-lhe um abraço apertado, a soltando a seguir. Não tinha dúvidas sobre uma coisa, Carmen e a mulher que quero para passar o resto de meus dias - então - estava na hora de oficializar aquela relação de vez. - Sim, vamos ser uma familía feliz.. - Caminhei até a mesa; abrindo a gaveta e retirando a caixinha que ali estava. - Porém precisamos dar um passo importante antes.. - Aproximei-me novamente da mulher. - Vou te contar o que não pude falar aquela noite.. - Peguei sua mão depositei um suave beijo nesta, e me ajoeilhei a sua frente. - Como sabe sou péssimo com palavras bonitas, então vou direto ao ponto.. - Sorri, abrindo a caixinha e demostrando o anel de dimante azul, que pertenceu a Solaria von Stoichkov, minha mãe. - Carmen Delamour, aceita se casar comigo?


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❝- Eu serei compreensiva com os seus filhos, pois sei como é essa situação. Minha infância foi marcada com essa situação constante por parte do meu pai, quando a minha mãe morreu ele trocou mais de esposa que tudo, eu compreendia as filhas de Chace, e daria a elas o tempo que elas precisassem. O abraço dele era uma das melhores coisas do meu dia, eu me sentia segura e completa, - Sou apaixonada por você! Uma família feliz! Sim, uma família, finalmente eu teria uma família e me daria por ela, eu faria todo o possível para vivermos em harmonia mesmo nesses tempos difíceis. – Então, naquela noite você me deixou bastante curiosa, pois diga! No instante seguinte Chace estava ajoelhado em minha frente com uma caixa com um anel maravilhoso! Casamento? Sim, ele estava me pedindo em casamento. Já passei por aquilo outra vez, mas dessa vez era diferente e emocionante, como eu queria ser sua esposa e cuidar de seus filhos, senti meus olhos se enchendo de lagrimas e logo em seguida escorrendo por meu rosto, eu não podia acreditar que aquilo estava realmente acontecendo, eu estava completamente preenchida por um sentimento bom! Eu tinha certeza que era aquilo que eu queria, era aquela vida que eu queria levar. – É claro que eu aceito! Tudo que eu mais quero é ser a sua esposa. Instantes depois ele colocou o anel em mim e levantou para me dar um beijo, foi um misto de felicidade e ansiedade, lagrimas escorriam pelos meus olhos, eu o amava! Sim, eu podia amar realmente alguém.  Aquele momento de longe era o mais feliz da minha vida! – Eu amo você, Chace. O beijei mais uma vez, e naquele momento pude sentir que ele era o homem pelo qual esperei a minha vida inteira.❞

❝ Se havia alguma sombra obscura em minha vida ela havia se dissipado neste momento, com tamanha felicidade. Carmen havia aceitado! Aceitado casar-se comigo e ser minha para o resto de sua vida, um compromisso que viria a ser sólido, um novo despertar para uma vida que a muito estava adormecida na escuridão da solidão, um recomeço. Deixaria toda aquela culpa e tristeza pela morte de Ellen, e iniciaria uma nova vida ao lado de Carmen buscando a felicidade. Era como se uma nova chance tivesse sido dada a mim, e eu a agarraria com todas as minhas forças. Meus olhos brilhavam com as chamas reluzentes da felicidade e um sorriso de satisfação nos lábios. - Eu também te amo. - Murmurei, colocando o anel sobre seu dedo, me levantando. - Muito! - Envolvi os braços sobre sua cintura trazendo-a para junto de mim, em um abraço apertado. - Senhora Stoichkov.. - Corri os dedos por sua face enxugando suas lágrimas. - Esse nome lhe cai bem.. - Estava prestes a beijá-la. Quando.. [...] Três batidas na porta anunciavam a chegada de alguém que desejava me ver, revirei os olhos soltando Carmen aos poucos com um sorriso. - Já volto.. - E fui até a porta, abrindo-a. De pé ao lado de fora estava Sebastian Duchateau, chefe dos obliviadores. - Olá, Sebastian. - Cumprimentei-o, escutando os motivos que o levaram a minha procura. - Ok, Sebastian, irei com você. - Assenti. - Dê-me apenas alguns minutos.. - Caminhei de volta até o centro da sala, onde Carmen estava e expliquei a ela sobre a ordem do Ministro, dando-lhe um breve beijo em seguida e retortando ao Ministerial. Juntos deixamos o Ministério rumo a Askaban. - Chace e Sebastian deixaram o local. -
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Trabalho...

Não poderia dizer que as coisas estavam tranquilas no Ministério depois de tantos julgamentos e prisões, mas poderia afirmar que estávamos seguindo o caminho certo. Por esse motivo estava um pouco mais relaxado no cumprimento de minhas funções, mas todo esse relaxamento duraria pouco tempo, uma vez que em minhas mãos estavam uma extensa lista de ministeriais para interrogar. Pois aparentemente depois da queda de Saphira e das prisões efetuadas percebemos o grande número de fontes dentro do nosso órgão, ou melhor, vários traidores dentro do Ministério. E em minha mesa se encontrava a lista de ministeriais a serem interrogados enquanto eu mesmo assinalava os primeiros quais visitaria. Contudo apesar de ter todo o plano traçado em mãos ainda necessitava da assinatura de uma autoridade superior, e como não conseguia encontrar com a ministra em pessoa e nem com o chefe do judiciário, pediria a um velho amigo. O subsecretário sênior Sebastian Duchateau na esperança de que ele autorizasse tal medida, afinal esse era um dos meios de garantir a segurança e integridade do nosso Ministério. Com o pergaminho já completo e especificado, peguei meu casaco joguei sobre os ombros e deixei o local. Rumo à sala do subsecretário afim de obter sua assinatura e quem sabe começar o trabalho primeiramente com ele mesmo. - Primeiro nível. Disse ao funcionário do elevador. Descendo e seguindo ao local destinado.